20.12.2020 – Aumento rápido de uma variante SARS-CoV-2 – múltiplas mutações de proteínas de pico observadas No Reino Unido – [seguido de comentários] * “Rapid increase of a SARS-CoV-2 variant with multiple spike protein mutations observed in the United Kingdom”

Comentário após a tradução

Aproximadamente dez milhões e 500 mil artigos sobre “Vitamina” D no Google Acadêmico238 mil artigos sobre o hormônio D3 e o sistema imune no Google Acadêmico

“Nas últimas semanas, o Reino Unido (UK) enfrentou um rápido aumento nos casos de COVID-19 no sudeste da Inglaterra, levando a investigações epidemiológicas e virológicas aprimoradas. A análise dos dados da sequência do genoma viral identificou uma grande proporção de casos pertencentes a um novo agrupamento filogenético único. A nova variante é definida por múltiplas mutações de proteína de pico (“Spike protein ou proteína S”: deleção 69-70, deleção 144, N501Y, A570D, D614G, P681H, T716I, S982A, D1118H) presentes, bem como mutações em outras regiões genômicas.

Embora seja conhecido e esperado que os vírus mudem constantemente por mutação levando ao surgimento de novas variantes, uma análise preliminar no Reino Unido sugere que esta variante é significativamente mais transmissível do que as variantes circulantes anteriormente, com um potencial estimado para aumentar o número reprodutivo (R) em 0,4 ou mais com um aumento estimado da transmissibilidade de até 70%.

Essa nova variante surgiu em uma época do ano em que tradicionalmente havia um aumento da mistura familiar e social. Não há indicação neste ponto de aumento da gravidade da infecção associada à nova variante. Alguns casos com a nova variante foram relatados até agora pela Dinamarca e Holanda e, de acordo com relatos da mídia, na Bélgica.


Dado que atualmente não há evidências que indiquem até que ponto a nova variante do vírus se espalhou fora do Reino Unido, esforços oportunos para prevenir e controlar sua disseminação são necessários, incluindo o seguinte:

  • As autoridades de saúde pública e os laboratórios são instados a analisar e sequenciar isolados de vírus em tempo hábil para identificar casos da nova variante. Pessoas com uma ligação epidemiológica a casos com a nova variante ou histórico de viagens para áreas conhecidas como afetadas devem ser identificadas imediatamente para testar, isolar e acompanhar seus contatos a fim de impedir a disseminação da nova variante.
  • Se forem identificados casos de infecção com esta nova variante do SARS-CoV-2 ou outras novas variantes do SARS-CoV-2 com potencial de preocupação, os países devem notificar por meio do Sistema de Alerta e Resposta Rápida da União Europeia.
  • A importância da adesão estrita às intervenções não farmacêuticas de acordo com as políticas nacionais deve ser comunicada ao público e, em particular, deve ser enfatizada a orientação sobre como evitar viagens não essenciais e atividades sociais.
  • Os laboratórios devem revisar o desempenho da PCR e a eliminação do gene S. O PCR pode ser usado como um indicador para casos com a nova variante para posterior sequenciamento e investigação.
  • Os casos suspeitos de reinfecção de COVID-19 devem ser acompanhados, acompanhados de perto pelo sequenciamento dos respectivos isolados de vírus desses casos. Da mesma forma, os casos com falha do tratamento com plasma convalescente ou anticorpos monoclonais devem ser mais estudados.
  • Com a implementação da vacinação, é necessário garantir o monitoramento próximo dos indivíduos vacinados com COVID-19 para identificar possíveis falhas na vacinação e infecções emergentes. Os isolados de vírus desses casos devem ser sequenciados e caracterizados geneticamente e antigenicamente.”

FONTE:

Comentário a seguir:

238 mil artigos sobre o hormônio D3 e o sistema imune no Google Acadêmico
Aproximadamente dez milhões e 500 mil artigos sobre “Vitamina” D no Google Acadêmico

Quase todas as vacinas foram elaboradas para produzirem anticorpos contra a “Spike protein” (a proteína que ancora o vírus na superfície da célula humana para que ela possa penetrar em seu interior). Em outras palavras, apostaram tudo em uma única cesta de ovos. A nova cepa possivelmente surgida no Reino Unido tem várias mutações que modificam essa proteína (a “Spike protein”), sendo inegavelmente possível (até provável) que os anticorpo produzido contra essa proteína (dito “monoclonal” pois tem uma única proteína-alvo) não venha a reconhece-la (aderir a ela), tornando quase todas as vacinas ineficazes.

É possível que a única vacina em que esse problema não seja tão grave seja a do Butantã (Sinovac) pois não foi utilizado vírus morto, possibilitando que vários anticorpos (ditos policlonais) venham a ser produzidos contra várias regiões do vírus. Apesar de que o vírus também sofreu mutações em outras regiões afora, a “Spike protein”,”mutações em outras regiões genômicas”, é possível que a viariabilidade de anticorpos produzidos pela vacina do Butantã (Coronavac) inclua anticorpos direcionados contra regiões que não sofreram alterações, mantendo assim alguma eficácia contra a nova variante.

Importantes destaques:

1) Já se reconhece um aumento da transmissibilidade (capacidade de contágio de outras pessoas) da ordem de 70%, devido ao fato de que as mutações da “Spike protein” permitem mais eficaz ancoragem do vírus às células e portanto um aumento mais rápido do número de células infectadas, atingindo-se mais rapidamente um total de células infectadas – podendo ultrapassar a rapidez com que o sistema imunológico inato (ou inespecífico) venha a reagir contra a infecção pelo coronavírus, levando a uma maior letalidade da infecção.

2) Há notícias de que a nova variante já circula no Brasil, em outros países da Europa, África do Sul e Austrália. Paralelamente há notícias de 58 casos comprovados de reinfecção no Brasil, sendo provável que o número real seja muito maior e que talvez a nova onda de Covid-19 seja responsável pela nova onda que se encontra em ascensão no país. Como tanto a primeira como a reinfecção ocorre com o vírus integral (que sofreu mutação ou não) os anticorpos produzidos são sempre policlonais (tais como os produzidos pela vacina do Butantã), é possível que a curto médio ou longo prazo também a vacina que leve à produção de anticorpos policlonais tenha efeito limitado, pois se espera a infecção natural deva produzir uma imunização muito mais potente do que a vacinação.

3) Resta de fato a correção dos níveis sub-ótimos de “vitamina” D – que é na realidade o hormônio que, na condição de regulador fundamental do sistema imunológico (documentada em cerca de 238.000 publicações) potencializa a reação do sistema imunológico em todos os seus níveis contra qualquer agente bacteriano, seja ele vírus ou não. A deficiência / insuficiência de “vitamina” D é uma pandemia mundial devido à ausência (mesmo de poucos minutos) de exposição solar sem filtro solar (bloqueador da produção desse hormônio) que se tornou um hábito crescente a partir da década de 1980. Para serem efetivas, as vacinas necessitam de um sistema imunológico potente e regulado para que (1 ) não se perca em pouco tempo a imunidade provocada pela infecção ou pela vacina por redução de anticorpos neutralizantes e (2) para que a vacina (tal como a infecção) não acione um sistema imunológico desregulado desencadeando uma doença autoimune.