EGOS OBESOS, MENTES ANORÉXICAS
Observação preliminar do firmatário desse esclarecimento a propósito da leviandade criminosa no uso da rotulação de “fake news”: o autor desse trabalho na Indonésia faleceu depois de encaminhar para a publicação seu “paper” e, por isso, não houve a continuidade dos trâmites de publicação. A família do autor informou que ele “faleceu tragicamente”, e aduziu que o óbito não ocorreu pela Covid-19.
Esse fato não retira a validade científica de seu estudo, mas foi aproveitado por profissionais da desinformação para apontar seu trabalho, que não por acaso se junta a outras 70.000 publicações disponíveis no Google Acadêmico no mesmo sentido, para levianamente dizerem que se tratava de “fake news”, e sem quem tenha escrito essas “denúncias” tivesse a menor qualificação para sustentar esse assunto, começando pelo simples e singelo fato de que foi ignorado que estavam falando de um HORMÔNIO – o que é questão de fato e não de argumentação -, e não de uma simples “Vitamina D3”, como é sabido no meio científico internacional há 90 anos.
Se nós estamos falando de um HORMÔNIO, evidentemente nós não estamos nos referindo à nutrição, mas sim à SUPLEMENTAÇÃO, nesse caso obrigatória em quem faltar. Isto deixando de lado nessa breve observação a questão de dosagem realista desse HORMÔNIO, que é um assunto igualmente relevante, mas paralelo.
Se trata-se de um HORMÔNIO, como de fato é pacífico e reconhecido há 90 anos, não é possível ignorar que sua presença deve ser existir para sustentar a saúde humana, e era obrigação dos desinformadores de plantão, a serviço de interesses escusos evidentes, perquirir qual a função desse hormônio, e o que causa a sua ausência em danos à saúde e/ou sobrevivência das pessoas, especialmente durante uma pandemia viral de alta agressivade, onde a imunidade inata da pessoa é sua única defesa para não adoecer ou também morrer.
Quando se grita “FOGO!” dentro de uma sala lotada de pessoas, poderá haver feridos e mortos pela fuga em pânico dessas pessoas para dali saírem. E se não havia “fogo”, e foi falso o alarme lançado, quem o emitiu responde pelos resultados danosos na esfera penal e civil pelas perdas de vida e feridos.
É crime de Ação Penal Pública impedir, inclusive sob o viés de informação falsa, a suplementação desse HORMÔNIO, quando tal se faz necessário.
Existe no Direito Penal Brasileiro a modalidade culposa para determinados crimes, outras dolosas e outras por dolo eventual. Há alguns crimes que apenas admitem uma dessas tipificações, outros admitem exame de como se gerou o ânimo da ação ou omissão criminosa.
A modalidade da CULPA existe quando o agente da ação ou omissão não queria o resultado, e age com imprudência, negligência ou imperícia.
A modalidade do DOLO existe quando o agente da ação ou omissão queria o resultado.
A modalidade do DOLO EVENTUAL existe quando o agente da ação ou omissão não queria o resultado, MAS sabia do risco a que estava expondo tais ou quais pessoas à sua ação ou omissão e mesmo assim ASSUME o risco de causar dano a um bem jurídico protegido no Código Penal, como são a saúde e a vida.
A mesma análise vale para informações falsas que usam o leviano carimbo de “fake news”, e que conduzam a esses resultados de privação de elemento essencial como um HORMÔNIO, vital para a saúde humana. Gritar “fogo” e gritar “fake news”, em especial nesta situação de pandemia mortal, é a mesma conduta.
Celso Galli Coimbra – OABRS 11352
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O Instituto Nacional de Excelência em Saúde e Cuidados pediu uma revisão urgente dos benefícios de tomar vitamina D em meio à pandemia de coronavírus
“The National Institute for Health and Care Excellence has called for an urgent review into the benefits of taking vitamin D amid the coronavirus pandemic”
Fonte: Coronavirus: Vitamin D deficient ‘at higher risk of death’ | Daily Mail Online
“Quase 99% dos pacientes do Covid-19 com deficiência de vitamina D morrem, de acordo com um estudo aterrador que aumenta a evidência crescente de que o nutriente ‘sol’ pode ser um salva-vidas do coronavírus.
Pesquisadores indonésios analisaram registros hospitalares de 780 pessoas que apresentaram resultado positivo para SARS-CoV-2, o coronavírus que causa o Covid-19.
Os resultados revelaram que 98,9% dos pacientes infectados, definidos como deficientes em vitamina D – abaixo de 20ng / ml – morreram. No entanto, isso caiu para apenas 4,1% nos pacientes que tinham o suficiente do nutriente.
Os pesquisadores alertaram que o estudo não era definitivo, no entanto, porque os pacientes com altos níveis de vitamina D eram mais saudáveis e mais jovens.
Ocorre que os chefes de saúde estão revisando urgentemente o uso da vitamina D como salva-vidas do coronavírus, com vários estudos sugerindo que os pacientes do Covid-19 têm muito mais probabilidade de morrer se tiverem uma deficiência.
Uma investigação – realizada pela Anglia Ruskin University, em Cambridge – descobriu que países europeus com níveis mais baixos de vitamina D tiveram significativamente mais vítimas de pandemia.
O Instituto Nacional de Excelência em Saúde e Cuidados está conduzindo uma ‘revisão rápida de evidências’ do problema – e a publicação é esperada já na próxima semana.” (…)
“Nearly 99 per cent of Covid-19 patients who are vitamin D deficient die, according to a terrifying study that adds to mounting evidence that the ‘sunshine’ nutrient could be a coronavirus life-saver.
Indonesian researchers analysed hospital records of 780 people who tested positive for SARS-CoV-2, the coronavirus that causes Covid-19.
Results revealed 98.9 per cent of infected patients defined as vitamin D deficient — below 20ng/ml — died. Yet this fell to just 4.1 per cent for patients who had enough of the nutrient.
Researchers warned the study was not definitive, however, because the patients with high vitamin D levels were healthier and younger.
It comes as health chiefs are urgently reviewing the use of vitamin D as a coronavirus lifesaver, with several studies suggesting that Covid-19 patients are far more likely to die if they have a deficiency.
One investigation – carried out by Anglia Ruskin University in Cambridge – found European countries with lower vitamin D levels have had significantly more pandemic casualties.
The National Institute for Health and Care Excellence is conducting a ‘rapid evidence review’ of the issue – and publication is expected as early as next week.” (…)
CONTINUA EM:
Fonte: Coronavirus: Vitamin D deficient ‘at higher risk of death’ | Daily Mail Online