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Por Dr. Cícero Galli Coimbra
“ausência de evidência não é evidência de ausência”
1) não existe (ainda) nenhuma prova de que qualquer (!) recurso terapêutico seja eficaz em relação especificamente (!) ao coronavírus; há sim um estudo multicêntrico randomizado em andamento centralizado no University Hospital, Angers;
2) existe a obrigação ética (médica e do sistema de saúde público e privado) de corrigir qualquer deficiência, seja de vitamina ou hormônio – evitando-se as consequências já presentes ou futuras;
3) no caso da “vitamina” D (cuja deficiência é pandêmica no planeta) essa obrigação ética (em decorrência da pandemia de Covid-19) toma características emergenciais pois há atualmente cerca de 251.000 artigos publicados na literatura médica documentando e discutindo a importância da vitamina D para o potente e regulado funcionamento do sistema imunológico, além de estarem documentados e muito bem estudados os mecanismos através dos quais a destruição desses micro-organismos ocorre na dependência dos níveis de “vitamina” D.
4) entre os mecanismos que envolvem a atuação da vitamina D no sistema imunológico incluem-se o bloqueio de processos inflamatórios descontrolados – como o que tem levado à morte os portadores de casos graves de Covid-19;
https://scholar.google.com.br/scholar?hl=pt-BR&as_sdt=0,5&q=%22vitamin+D%22+inflammation
5) existem cerca de 155.000 artigos científicos publicados documentando e discutindo a importância da “vitamina” D para a potência do sistema imunológico em destruir vírus em geral (não se conhece excessão) de forma não específica, sendo essa potência particularmente documentada contra vírus “envelopados” tais como o coronavírus;
6) vale a pena lembrar aqui o provérbio “ausência de evidência não é evidência de ausência”:
Assim, dizer-se que não há ainda um estudo específico (!) do efeito da normalização (!) dos níveis da vitamina D sobre a prevenção/evolução dos casos de Covid-19 não pode ser utilizada para que os médicos ou administradores da área de saúde se comportem como se estivesse provado (!) que tal normalização não tenha efeito sobre a sobre a prevenção/evolução dos casos de Covid-19, mantendo-se assim – os administradores da área de saúde – passivos em relação à necessidade ética emergencial mencionada de, pelo menos, aconselharem a população em relação aos riscos da deficiência D.