Evidências científicas de que as vacinas atualmente usadas mundialmente causam Transtorno do Espectro Autista (TEA) – uma “Síndrome Autoimune (Auto-inflamatória) induzida por Adjuvantes” (ASIA). O mecanismo do “cavalo de Tróia”. Este é o terceiro editorial neste site sobre a causa do autismo.
Índice
1) Introdução
2) Negacionismo
3) O impacto do autismo no sistema educacional
4) Identificando os componentes das vacinas como a causa raiz do TEA e o aumento do calendário de vacinação, incluindo vacinações múltiplas simultâneas recorrentes, como a causa da epidemia.
4.1) A importância do critério “relação dose-resposta” para desvendar a causa do TEA
4.2) A importância do critério da plausibilidade para desvendar a causa do TEA
4.2.1) O mecanismo do “cavalo de Tróia” e a biopersistência de nanopartículas de alumínio: TEA como uma Síndrome Autoimune (Auto-inflamatória) Induzida por Adjuvante (ASIA)
4.2.2) O efeito cumulativo e sinérgico de múltiplas vacinações simultâneas recorrentes na inflamação cerebral
4.2.3) As consequências de uma ruptura prolongada da barreira hematoencefálica causada pela inflamação cerebral induzida por nanopartículas de alumínio incluem a colonização contínua do tecido cerebral por fungos, o que sustenta um ciclo patogênico que aprisiona nanopartículas de alumínio inflamatórias dentro do tecido cerebral
4.2.4) O efeito adjuvante da vacina MMR como um poderoso gatilho para o autismo regressivo
4.2.5) Inibição da poda sináptica causada pela inflamação cerebral induzida por nanopartículas de alumínio
4.2.6) O papel do alumínio na determinação da multiplicidade de alterações metabólicas identificadas no autismo
4.3) Falácia argumentativa sobre a segurança das vacinas
4.3.1) A falácia que sugere que o alumínio injetado e o alumínio ingerido compartilham a mesma farmacodinâmica é enganosa
4.3.2) O flagrante erro contido na extrapolação de resultados experimentais obtidos em um número limitado de animais adultos para o cérebro humano em desenvolvimento (com barreira hemato-encefálica imatura)
4.4) Um autista já nasce autista? O papel das vacinações antes da concepção e no período pré-natal
4.4.1) O papel do alumínio no aumento da circunferência cefálica pré-natal associada ao autismo
4.4.2) O papel genotóxico do alumínio nas alterações genéticas associadas ao autismo
4.4.3) O papel do alumínio na produção materna de autoanticorpos direcionados contra o tecido nervoso no autismo
4.5) Por que nem todas as crianças vacinadas desenvolvem autismo?
4.6) A concentração de alumínio no sangue não reflete sua real concentração nos tecidos
4.7) Mecanismos tóxicos acionados pelo alumínio
4.8) Doenças associadas ao alumínio
5) Conclusões – A Ciência está aí?
1) Introdução
O primeiro editorial desta série demonstrou a natureza inflamatória do processo neuropatológico que afeta os cérebros de indivíduos com autismo (https://wp.me/pbW3AH-1yv). O segundo editorial focou na proeminência do componente fisiopatológico autoimune (https://wp.me/pbW3AH-1CD). Ambos os editoriais expõem o fato de que o autismo é inegavelmente uma doença orgânica incapacitante que, devido ao crescimento exponencial de sua prevalência, requer urgentemente a adoção de medidas preventivas e de tratamento voltadas a combater sua causa primordial.
Se a causa da crescente epidemia de TEA não for tratada com urgência, a sociedade se tornará insustentável em pouco tempo. Essa doença neuropsiquiátrica devastadora afeta atualmente cerca de uma em cada vinte a vinte e três crianças em várias regiões, como Irlanda do Norte, Irlanda, Califórnia e Escócia (https://substack.com/home/post/p-151403611). Em comparação, em 1970, a taxa estimada era de um caso a cada 10.000 crianças (http://www.drsgoodman.com/book-reviews/479-how-to-end-the-autism-epidemic/).
Em um artigo recentemente publicado (30 de outubro de 2024) (https://jamanetwork.com/journals/jamanetworkopen/fullarticle/2825472) os autores anunciam (ênfase em negrito adicionado):
“No entanto, nossas descobertas indicam que a população de adultos autistas nos EUA continuará a crescer, ressaltando a necessidade de serviços de saúde expandidos.”
No entanto, ainda há a necessidade de se oferecer uma grande resistência contra a pressão de órgãos oficiais aliados à grande mídia que buscam induzir a opinião pública a aceitar o autismo como uma condição natural – nada excepcional. Para isso, eles precisam (1) negar a realidade do surto de TEA, (2) ignorar ou rejeitar a realidade do autismo como uma doença orgânica enquanto (3) meramente proclamar a necessidade de inclusão social (“aceitação”) dos portadores do transtorno.
O candidato ao reconhecimento como um gatilho ambiental (causa raiz) do TEA deve explicar todas ou quase todas as características fisiopatológicas cumulativamente relatadas do TEA. Em linha com o princípio da parcimônia, ele (1) deve ser capaz de desencadear o processo inflamatório autoimune associado ao TEA (conforme discutido em editoriais anteriores (https://wp.me/pbW3AH-1DO; https://wp.me/pbW3AH-1Gn), (2) deve ser um fator capaz de provocar a atual epidemia de TEA e (3) deve ser identificável em todos os países que vivenciam a epidemia de autismo em todo o mundo.
Identificar um fator ambiental que desencadeia o autismo em indivíduos geneticamente predispostos é crucial para prevenir a progressão desta epidemia global. Para atingir este objetivo, é essencial reconhecer que esta é de fato uma epidemia e não meramente um artefato epidemiológico. Com base nesta percepção, os critérios de causalidade propostos por Austin Bradford Hill podem ser usados para aceitar preliminarmente ou descartar causas potenciais da epidemia de TEA, conforme explicado mais adiante.
Em vez de uma resposta adequada à atual crise de saúde pública, um raciocínio circular persistente tem sido apresentado ao público ao longo dos últimos quarenta anos em relação ao reconhecimento da epidemia de TEA e suas causas subjacentes. Tal negacionismo tem persistido apesar de evidências fisiopatológicas indiscutíveis indicando que o autismo é uma condição orgânica, inflamatória e autoimune (https://wp.me/pbW3AH-1yv; https://wp.me/pbW3AH-1CD).
Mesmo em face do crescimento também exponencial dos gastos com terapias pouco eficazes (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26183723/) e da progressiva falência do sistema de ensino que o TEA está causando (https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/01612840.2024.2328251#abstract; https://www.theguardian.com/australia-news/2024/apr/29/how-the-rise-of-autism-and-adhd-fractured-australias-schools), afirma-se que não estamos lidando com um crescimento real, mas sim com um artefato secundário a uma melhor percepção da sua existência e a uma maior precisão diagnóstica. Como exemplo, eis o que escreve Catherine Tan em 20 de dezembro de 2024 para a revista TIME:
“Este aumento acentuado pode ser amplamente atribuído ao fechamento de instituições residenciais para as quais muitas pessoas com autismo eram enviadas, à maior conscientização pública sobre o autismo e à expansão dos critérios de diagnóstico.”
Esta mensagem, repetida ad nauseam de forma especulativa não só pela mídia convencional, mas também em muitas publicações de revistas científicas, revela-se como um raciocínio circular, pois apresenta:
A) Lógica redundante: o argumento volta ao ponto inicial sem oferecer informação nova.
B) Falta de comprovação: o argumento se sustenta em suas próprias afirmações e não em evidências independentes.
C) Ilusão de coerência: a asserção repetida de uma ideia pode criar uma ilusão de coerência, fazendo com que pareça convincente.
Exemplificando o pensamento circular (https://www.scribbr.com/fallacies/circular-reasoning-fallacy/): Pai / mãe dirigindo-se à criança: “Está na hora de ir para a cama.” Filho(a): “Por quê?” Pai / mãe: “Porque é a sua hora de ir para a cama.”
O pensamento circular em discussões sobre o aumento das taxas de autismo pode ser ilustrado por meio do seguinte diálogo hipotético. Alguém pode perguntar: “Por que o autismo está aumentando?” Ao que a resposta provavelmente seria: “O autismo não está aumentando; o aumento aparente se deve à maior capacidade diagnóstica e à maior conscientização de sua existência.” Então, alguém pode buscar evidências para apoiar tal suposição: “Mas por que descartar a possibilidade de que a taxa de autismo esteja realmente aumentando?” A resposta retornaria ao ponto original: “Porque os critérios de diagnóstico se tornaram mais abrangentes, e a sociedade agora está mais ciente da existência do TEA.”
Evidentemente, esse argumento circular desconsidera a realidade de que um aumento genuíno na prevalência do autismo obviamente leva a uma maior conscientização sobre a condição e exige a padronização dos critérios diagnósticos para encaminhamentos terapêuticos apropriados. Ocorrendo um reconhecimento consensual e oficial de um aumento significativo no TEA, o público insistiria que o governo deveria abordar as causas subjacentes, garantindo que prevenção e tratamento eficazes estejam disponíveis para crianças sob risco de desenvolverem o distúrbio ou já afetadas por ele. Além disso, reconhecer a causa da epidemia de TEA pode ser inconveniente para alguns setores da sociedade que, temendo responsabilização, podem preferir resistir a uma compreensão mais profunda da situação, promovendo continuamente a argumentação circular acima mencionada.
Em consonância, Rip (https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1207/s15516709cog2606_3) afirma (ênfase em negrito adicionado):
“A circularidade é um defeito no raciocínio porque sabota as tentativas corretas de justificar uma afirmação ou uma ação.”
No entanto, a sociedade não pode mais tolerar a progressão dessa tragédia epidemiológica sem tomar as devidas providências. É inaceitável manter esse pensamento negacionista circular diante do impacto humanitário e financeiro do TEA, que atingiu níveis insuportáveis.
3) O impacto do autismo no sistema educacional
O sistema educacional está entrando em colapso e as novas gerações enfrentam a incapacitação, colocando ainda mais em risco a sustentabilidade futura da sociedade (https://journals.sagepub.com/doi/full/10.1177/13623613221142111). Em sua reportagem para o “The Gardian” (28 de abril de 2024) https://www.theguardian.com/australia-news/2024/apr/29/how-the-rise-of-autism-and-adhd-fractured-australias-schools; https://journals.sagepub.com/doi/full/10.1177/13623613221142111) Sarah Martin assinala:
“Agora, há quase um milhão de estudantes na Austrália precisando de suporte extra por causa de uma deficiência, o equivalente a uma em cada quatro matrículas.”
“O número de alunos relatados como portadores de deficiência está crescendo na velocidade da luz, saltando quase 40% desde 2017. As deficiências sociais ou emocionais cresceram quase 10% ao ano. Isso se compara ao crescimento de matrículas de 1% ao ano no mesmo período.”
“Ao mesmo tempo, os professores relatam estar sobrecarregados. Os recursos estão tensionados ao limite.”
Sarah Martin entrevista Amy Harland, professora e diretora assistente em Port Macquarie, na costa centro-norte de Nova Gales do Sul, que relata:
“Se você tem uma turma de 30 alunos e dois terços desses alunos têm uma deficiência, os professores estão tendo que se adaptar e mudar suas rotinas para cada aula…”
“Você terá que gerenciar uma variedade de diferentes habilidades e deficiências dentro de uma sala de aula. Em uma sala de aula do 6º ano, você pode ter que diferenciar atividades de um nível de jardim de infância para potencialmente um nível de 7º ano.”
“Você pode ter um aluno que pode estar no espectro do autismo e acha a sala de aula barulhenta e pode ter fones de ouvido, ou pode ter um cartão específico que mostra ao professor que diz ‘quero sair’ e precisa de uma pausa sensorial.”
“Você tem problemas de saúde mental… crianças que têm problemas de amizade — porque essa é a natureza de ser criança. Você pode ter crianças que estão [em] cuidados fora de casa.”
“Você terá uma ampla gama de deficiências, formalmente diagnosticadas e imputadas, e pode ter algumas dessas crianças que vêm com IFS [suporte de financiamento de integração] ou programas de frequência parcial.”
“Pode ser confrontador. A sala de aula e os comportamentos estão se tornando cada vez mais desafiadores e o tempo que os professores estão recebendo não mudou.”
“O suporte e os recursos simplesmente não são o que eles precisam ser.”
4) Identificando os componentes das vacinas como a causa raiz do TEA e o aumento do calendário de vacinação, incluindo vacinações múltiplas simultâneas recorrentes, como a causa da epidemia.
Os editoriais anteriores (https://wp.me/pbW3AH-1yv; https://wp.me/pbW3AH-1CD) prepararam o terreno para este terceiro editorial, que tem como objetivo identificar a causa primária que desencadeia e sustenta o processo patológico subjacente ao autismo. O próprio crescimento exponencial do autismo pode ser utilizado como ferramenta principal para esse fim, desde que examinado à luz dos critérios de causalidade, enunciados em 1965 por Austin Bradford Hill (Professor Emérito de Estatística Médica da Universidade de Londres e, mais tarde, Diretor Honorário da Unidade de Pesquisa Estatística do Conselho de Pesquisa Médica – Reino Unido) (https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/003591576505800503). À época, tais critérios foram utilizados para a demonstração da relação causal entre o tabagismo e o câncer de pulmão. No entanto, os critérios de causalidade tornaram-se consagrados desde então e vêm sendo aplicados em diversas outras situações em que se faz necessária a verificação de uma relação causal entre um fator potencialmente nocivo ou tóxico e uma doença (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC1898525/; https://en.wikipedia.org/wiki/Bradford_Hill_criteria).
4.1) A importância do critério “relação dose-resposta” para desvendar a causa do TEA
Bradford Hill estabeleceu nove critérios de causalidade, incluindo o chamado “gradiente biológico” (ou “relação dose-resposta”). Este critério é fundamental para excluir ou preliminarmente aceitar qualquer causa hipotética do aumento explosivo do autismo.
Tomando-se como exemplo a associação entre o tabagismo e o câncer de pulmão, o aumento da intensidade do fator causal putativo (tabagismo) deve ser acompanhado por um aumento concomitante do seu efeito nocivo (o câncer de pulmão). Se isso não viesse a ocorrer, o tabagismo seria excluído como causa de câncer de pulmão. Mas ao contrário, verifica-se de fato que, quando a prevalência de tabagismo aumenta em uma população no decorrer dos anos, também se eleva a prevalência do câncer de pulmão (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC10606870/). Como confirmação dessa relação causal, a redução do tabagismo está associada à redução da ocorrência de câncer pulmonar (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/38070489/; https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC4917934/).
De forma similar, se algum componente das vacinas da infância causa autismo, então o aumento do número de vacinas administradas contendo esse componente possivelmente nocivo, aliado ao aumento da cobertura vacinal (percentual de crianças vacinadas), deve ser acompanhado por um aumento das taxas de autismo. Esse foi exatamente o que foi descrito por Shaw e Tomljenovic em 2011 (https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0162013411002212). Na mesma publicação os autores demonstraram que o aumento da exposição ao alumínio particulado administrado como adjuvante de vacinas nos EUA entre os anos de 1991 e 2008 se correlaciona positivamente (com elevada significância estatística) com o aumento da prevalência de autismo no mesmo período. De acordo com a mesma publicação, o número de vacinas contendo alumínio administradas durante esse período também se correlacionou com o aumento da prevalência do autismo (novamente, com alta significância estatística). Utilizando dados epidemiológicos originários de sete países ocidentais (Reino Unido, Canadá, Austrália, Suécia, Islândia e Finlândia) Shaw e Tomljenovic demonstraram que a exposição cumulativa de alumínio derivado das vacinas administradas entre 3 e 4 meses de idade também guarda significante correlação estatística com a prevalência do autismo, ocorrendo o mesmo com o número de vacinas administradas entre 3 e 18 meses de idade (https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0162013411002212).
De forma similar, o estudo de Delong publicado em 2011 demonstrou que a prevalência de autismo ou comprometimento da fala ou linguagem aumentou significantemente conforme aumentou a proporção de crianças que receberam as vacinas recomendadas até os 2 anos de idade em cada estado dos EUA entre 2001 e 2007. Um aumento de 1% cobertura vacinal foi associado a um incremento de 680 crianças com autismo ou comprometimento da fala ou linguagem (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/21623535/).
Também em concordância com esses resultados, Mokeddem (2024) usando dados da Pesquisa Nacional de Saúde Infantil (NSCH) e da Pesquisa Nacional de Imunização dos Centros de Controle de Doenças (CDC NIS) encontrou uma associação entre a dosagem de adjuvante de alumínio tomada entre 6 e 12 meses de idade (anos de nascimento entre 2011 e 2017) e a prevalência autismo, alergias, asma e TDAH (https://www.opastpublishers.com/open-access-articles/aluminum-adjuvants-and-childhood-disease-prevalence.pdf).
Por outro lado, a afirmação de que o aumento da prevalência do autismo seria apenas aparente pois poderia ser explicada pela adoção de critérios diagnósticos mais precisos e abrangentes não se sustenta frente à análise da curva de aumento exponencial das taxas de autismo (https://www.google.ch/books/edition/How_to_End_the_Autism_Epidemic/-u5qDwAAQBAJ?hl=en&gbpv=1&printsec=frontcover – página16). O autismo foi pela primeira vez incluído no Manual Diagnóstico e Estatística (DSM) da Associação Psiquiátrica Americana (APA) em sua terceira edição (DSM-III, 1980). Em sua quarta edição (DSM-IV, 1995) o manual descrevia como entidades distintas os diagnósticos de autismo, síndrome de Asperger, transtorno global do desenvolvimento e transtorno desintegrativo da infância. A última revisão do manual (DSM-V, 2013) passou a incorporar todos esses transtornos sob o termo abrangente “Transtornos do Espectro Autista” (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC4430056/). Conforme se verifica através da análise da curva de aumento mencionada, se fosse essa maior abrangência diagnóstica o motivo de um aparente aumento das taxas de autismo, a curva de crescimento teria demonstrado um aumento relativamente brusco de na taxa de diagnósticos e então tenderia à estabilização. No entanto, verifica-se que tal aumento já estava ocorrendo e manteve-se assim após 2013. Ademais, o próprio caráter exponencial da curva de crescimento das taxas de autismo (https://www.google.ch/books/edition/How_to_End_the_Autism_Epidemic/-u5qDwAAQBAJ?hl=en&gbpv=1&printsec=frontcover – página16) é incompatível com a hipótese de artefato diagnóstico, pois os critérios diagnósticos não estão se tornando mais e mais abrangentes a cada ano. O aumento é mais favorável ao papel desempenhado pelos fatores de risco “ambientais” (i.e., exposição a toxinas) (https://www.mdpi.com/2305-6304/10/9/518).
O alumínio é altamente neurotóxico (https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/0961203311430221; https://link.springer.com/article/10.1007/s00204-008-0345-3) e particularmente biopersistente quando injetado sob a forma de nanopartículas que se acumulam no organismo em consequência de repetidas vacinações as utilizam pelo seu efeito adjuvante (https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0162013409001895; https://www.frontiersin.org/journals/neurology/articles/10.3389/fneur.2015.00004/full).
Nota: Em termos simples, adjuvantes são substâncias (comumente nanopartículas de alumínio) adicionadas às vacinas para aumentar a produção de anticorpos. Células inflamatórias (elementos do sistema imunológico conhecidos como monócitos) são atraídas pelo alumínio e se transformam em macrófagos no local da inoculação. Os macrófagos internalizam (“fagocitam”) essas nanopartículas que contêm proteínas ou fragmentos de proteínas (antígenos) dos microrganismos adsorvidos a elas. Com os antígenos e as nanopartículas de alumínio em seu interior, os macrófagos migram para os linfonodos próximos (linfonodos regionais), onde atuam como Células Apresentadoras de Antígenos (“Antigen-Presenting Cells” ou APCs) para os linfócitos ali presentes, que então proliferam e passam a produzir anticorpos contra os antígenos apresentados (https://www.nature.com/articles/s41392-023-01557-7).
Múltiplas vacinações simultâneas (comumente quatro a oito injeções) são aplicadas de forma recorrente a intervalos tão curtos quanto dois meses ao longo dos primeiros anos de vida (https://www.cdc.gov/vaccines/hcp/imz-schedules/child-adolescent-age.html). Nenhuma dessas vacinas passa por testes de segurança antes de ser licenciada individualmente (https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0946672X17300950#bib0210); portanto, muito menos têm sido considerados os riscos de repetidas administrações de injeções combinadas a curto, médio ou longo prazo (https://impfen-nein-danke.de/u/miller-3.pdf) (ênfase em negrito adicionado):
“Embora as autoridades de saúde, incluindo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) afirmem que as vacinas infantis são seguras e recomendem a combinação de várias vacinas durante uma visita, uma revisão dos dados do Sistema de Notificação de Eventos Adversos de Vacinas (VAERS) mostra uma associação dose-dependente entre o número de vacinas administradas simultaneamente e a probabilidade de hospitalização ou morte por uma reação adversa. Além disso, a idade mais jovem no momento da reação adversa está associada a um maior risco de hospitalização ou morte.”
Ao contrário dos sais de alumínio solúveis ingeridos, as nanopartículas de alumínio injetadas são totalmente absorvidas e biopersistentes (ver seções 4.2.1 e 4.2.6). Se uma neurotoxina inflamatória biopersistente for administrada repetidamente, cada dose subsequente pode ter um efeito aditivo ou mesmo sinérgico na inflamação sustentada por exposições anteriores, amplificando os danos ao tecido nervoso. Assim, à medida que aumenta a frequência de múltiplas vacinações aplicadas simultaneamente às gerações mais jovens, o dano causado pelo alumínio que atinge seus cérebros vulneráveis em desenvolvimento (https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/0961203311430221) deve superar significativamente o dano que as gerações mais velhas experimentaram durante o mesmo período crítico de desenvolvimento. Como se poderia esperar desse cenário, a prevalência de autismo “profundo” — caracterizado por crianças não verbais ou minimamente verbais ou aquelas com um QI abaixo de 50 — aumentou entre crianças de oito anos durante o período de observação de 2000 a 2016 (https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/00333549231163551). Os mecanismos potenciais subjacentes ao efeito sinérgico de múltiplas vacinações simultâneas repetidas são discutidos mais detalhadamente na Seção 4.2.2.
Portanto, considerando o critério dose-resposta, pode-se entender que o aumento exponencial nas taxas de autismo e o aumento nas taxas de autismo “profundo” são compatíveis com (1) o dano combinado e potencialmente sinérgico de múltiplas vacinações contendo nanopartículas de alumínio, (2) expansões repetidas do calendário de vacinação e (3) a elevada cobertura de vacinação sustentada desde a década de 1990 (https://en.wikipedia.org/wiki/Vaccines_for_Children_Program).
Conforme a revisão de Alberto Boretti de 2021 (https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0946672X21000547):
“Para aqueles nascidos nas décadas de 1950 e 1960, quando o número de vacinas administradas a bebês era mínimo, o transtorno do espectro autista (TEA) era um problema raro durante a infância. O aumento no número de vacinas administradas a bebês foi seguido por um aumento na prevalência de TEA.”
A relação de causalidade entre o uso de nanopartículas de alumínio como adjuvante em numerosas vacinas e o autismo é evidenciada pela consiliência de diversas outras evidências (https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0946672X21000547; https://www.vaccinssansaluminium.org/wp-content/uploads/2015/11/Etiology-of-autism-spectrum-disorders-Tomljenovic-Shaw.pdf) exploradas mais adiante nesse editorial.
4.2) A importância do critério da plausibilidade para desvendar a causa do TEA
O critério de plausibilidade biológica (Bradford-Hill, 1965) refere-se aos mecanismos biológicos mediadores da relação causal entre um fator ambiental e uma doença. Assim, se alguma característica ou componente da vacina provoca uma doença, então necessariamente há um mecanismo biológico que é acionado para o desencadeamento e sustentação da doença.
No que diz respeito ao critério “plausibilidade biológica” há que se ressaltar novamente que o alumínio é um metal extremamente tóxico, desprovido de qualquer função fisiológica (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC7071840/) e tão neurotóxico ao ponto de se recomendar que seu uso como adjuvante em vacinas seja descontinuado devido ao prejuízo que acarreta para o sistema nervoso em desenvolvimento (https://link.springer.com/article/10.1007/s11011-017-0077-2?fref=gc):
“…recomenda-se que o uso de sais de alumínio em imunizações seja descontinuado…”
Como Christopher Exley, um pesquisador líder em toxicidade do alumínio, publicou em 2013 (https://pubs.rsc.org/en/content/articlehtml/2013/em/c3em00374d):
“É realmente uma anomalia que a percepção de inocuidade do alumínio em humanos tenha persistido até os dias atuais e a ponto de não haver nenhuma legislação que limite a exposição humana ao alumínio.”
“Ações tóxicas do Al induzem estresse oxidativo, alterações imunológicas, genotoxicidade, efeito pró-inflamatório, desnaturação ou transformação de peptídeos, disfunção enzimática, desordem metabólica, amiloidogênese, perturbação da membrana, dishomeostase do ferro, apoptose, necrose e displasia.”
A plausibilidade biológica dá suporte ao papel fisiopatológico fundamental das nanopartículas de alumínio no autismo infantil, pois seu próprio papel adjuvante implica em um efeito imunomodulador pró-inflamatório. Tal fato é consistente com as características inflamatórias (primeiro editorial desta série: https://wp.me/pbW3AH-1yv) e autoimunes (segundo editorial desta série: https://wp.me/pbW3AH-1CD) que evidenciam a condição do autista como uma encefalite crônica autoimune confirmada por testes laboratoriais.
Em relação à inflamação, a natureza pró-inflamatória do alumínio encontra-se bem documentada (veja a Tabela 1 da revisão de Shaw e Tomljenovic em 2011). Essa característica é crucial para seu papel como adjuvante, atraindo e ativando monócitos no local da injeção. Verifica-se que o alumínio ativa todo o amplo espectro de reações imunológicas, incluindo a ativação do sistema complemento, migração de células inflamatórias para o sítio de injeção, formação do complexo inflamassoma NRLP3, produção de uma variedade de citocinas inflamatórias, ativação de monócitos para atuarem como células apresentadoras de antígenos (APCs), absorção e processamento de antígenos pelas APCs, expressão de moléculas MHC I e II, resposta imune do tipo Th2 (produção de anticorpos), resposta imune do tipo Th1 e ativação de linfócitos T citotóxicos (https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0162013411002212).
Em relação à autoimunidade, o papel do adjuvante das nanopartículas de alumínio como desencadeante de doenças autoimunes encontra-se bem estabelecido, através do reconhecimento da “Síndrome Autoimune (Auto-inflamatória) induzida por Adjuvantes” (ASIA) descrita por Yehuda Shoenfeld e Nancy Agmon-Levin em 2011 (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/20708902/) – também conhecida como síndrome de Shoenfeld (https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1568997218302398). Conforme consta no resumo de seu clássico artigo original (já citado mais de 1.100 vezes) (ênfase em negrito adicionado):
“O papel de vários fatores ambientais na patogênese de doenças imunomediadas está bem estabelecido. Dos quais, fatores que envolvem uma atividade adjuvante imunológica, como agentes infecciosos, silicone, sais de alumínio e outros foram associados a doenças imunomediadas definidas e não definidas, tanto em modelos animais quanto em humanos. Nos últimos anos, quatro condições: siliconose, síndrome da Guerra do Golfo (GWS), síndrome da miofascite macrofágica (MMF) e fenômenos pós-vacinação foram associados à exposição prévia a um adjuvante. Além disso, essas quatro doenças compartilham um complexo semelhante de sinais e sintomas que dão suporte a um denominador comum. Assim, revisamos aqui os dados atuais sobre o papel dos adjuvantes na patogênese de doenças imunomediadas, bem como os dados acumulados sobre cada uma dessas quatro condições. Em relação ao conhecimento atual, gostaríamos de sugerir incluir essas condições comparáveis em uma síndrome comum intitulada ASIA, “Síndrome Autoimune (Autoinflamatória) Induzida por Adjuvantes”.
Em uma publicação mais recente, datada de 2015 (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC7129276/), o mesmo grupo de pesquisadores enumera extensa lista de doenças autoimunes diagnosticadas após vacinações e que poderiam ser incorporadas à “Síndrome Autoimune (Autoinflamatória) Induzida por Adjuvantes”. Alertam para o fato de que a comprovação da relação de causalidade entre as vacinas e essas doenças não tem sido viabilizada porque vacinas não são apropriadamente testadas quanto à sua segurança. Nesse sentido, mencionam (A) a inadequação utilizar-se alumínio como “placebo” nos grupos controle, além de (B) limitar-se a observação dos resultados a um curto um período de observação (ênfase em negrito adicionado):
“A síndrome ASIA e os estudos de segurança do alumínio mostram que o uso de “placebo” contendo alumínio em grupos controle em estudos de segurança de vacinas deve ser cuidadosamente avaliado. Novos estudos devem ser realizados usando um placebo adequado para testar adequadamente a segurança da vacina. Outra falha evidente em estudos de segurança de vacinas são os períodos de curto prazo que são avaliados. A ativação contínua do sistema imunológico foi observada como um mecanismo potencial de doença. Uma doença que é mal compreendida até agora.”
O uso indevido de um metal altamente tóxico como o alumínio como um “placebo” viola princípios fundamentais da pesquisa científica no campo biomédico. Essa prática oculta os efeitos potencialmente prejudiciais resultantes da biopersistência de nanopartículas de alumínio usadas em vacinas. Esse uso indevido foi destacado anteriormente por outros autores, incluindo Christopher Exley em 2011: “Adjuvantes de alumínio não devem ser usados como placebos em ensaios clínicos” (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/21871940/) e Tomljenovic e Shaw (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/21568886/). Estes últimos observaram que quantidades de alumínio ainda maiores do que aquelas presentes na vacina em teste são adicionadas ao grupo de controle como um “placebo” (ênfase em negrito adicionada):
“Além disso, com o propósito de avaliar a segurança e eficácia, os ensaios clínicos de vacinas utilizam frequentemente um placebo contendo alumínio, contendo a mesma ou maior quantidade de alumínio que a vacina de teste [48-51]. Sem exceção, estes ensaios relatam uma taxa comparável de reações adversas entre o grupo placebo e o grupo da vacina (por exemplo, 63,7% vs 65,3% de eventos sistêmicos e 1,7% vs 1,8% de eventos adversos graves, respectivamente [51]). De acordo com a Food and Drug Administration (FDA) dos EUA, um placebo é “uma pílula, líquido ou pó inativo que não tem valor de tratamento” [52]. As propriedades neurotóxicas bem estabelecidas do alumínio (Tabela 1) sugerem, portanto, que o alumínio não pode constituir um placebo válido.”
4.2.1) O mecanismo do “cavalo de Tróia” e a biopersistência de nanopartículas de alumínio: TEA como uma Síndrome Autoimune (Auto-inflamatória) Induzida por Adjuvante (ASIA).
A partir dos gânglios linfáticos de drenagem regionais macrófagos contendo nanopartículas de alumínio deixam o sistema linfático para chegar à corrente sanguínea, e finalmente ganham acesso a órgãos distantes, incluindo o cérebro (https://www.frontiersin.org/journals/neurology/articles/10.3389/fneur.2015.00004/full; https://link.springer.com/chapter/10.1007/978-981-99-1592-7_4; https://bmcmedicine.biomedcentral.com/articles/10.1186/1741-7015-11-99; https://www.nature.com/articles/srep31578; https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28143979/). Esse mecanismo, conhecido como “cavalo de troia”, é o mesmo que é utilizado ou possivelmente utilizado por partículas infecciosas (HIV, HCV, vírus do Epstein-Barr, vírus do sarampo, vírus da poliomielite, vírus da encefalite japonesa, vírus EV-A71 da doença mão-pé-boca, Toxoplasma gondii, Cryptococcus neoformans, L. monocytogenes, M. tuberculosis) para alcançar o sistema nervoso central (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28143979/; https://academic.oup.com/cei/article/167/1/1/6422796; https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/B9780323856546000435; https://www.diva-portal.org/smash/record.jsf?pid=diva2%3A1366563&dswid=3391; https://link.springer.com/article/10.1186/1743-422X-4-70; https://journals.plos.org/plospathogens/article?id=10.1371/journal.ppat.1008260; https://journals.asm.org/doi/full/10.1128/spectrum.00690-24; https://academic.oup.com/femspd/article/57/3/203/558779; https://link.springer.com/chapter/10.1007/978-3-031-48105-5_9; https://journals.plos.org/plospathogens/article?id=10.1371/journal.ppat.1006680).
A miofascite macrofágica se constitui em uma evidência eloquente da biopersistência do alumínio em humanos. É similar à condição igualmente crônica denominada Doença da Guerra do Golfo (Gulf War Illness – GWI) que passou a afetar mais de um terço dos soldados após serem submetidos a múltiplas vacinações na época da Guerra do Golfo (1991). A GWI também apresenta diversas similaridades com a síndrome pós-vacinação HPV (https://link.springer.com/article/10.1007/s12026-016-8820-z). Essas três doenças são caracterizadas por fadiga crônica, dor generalizada e comprometimento cognitivo (https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1568997220301671). Gherardi et al. (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/11522584/) obtiveram biópsias do músculo deltoide de 50 pacientes com miofascite macrofágica. Todos haviam sido vacinados com imunizantes contendo nanopartículas adjuvantes alumínio, 86% contra o vírus da hepatite B, 19% contra o vírus da hepatite A e 58% com toxoide tetânico. As vacinações ocorreram de 3 meses a 8 anos (mediana de 3 anos) antes da biópsia.O início da mialgia ocorreu após a vacinação (mediana de 11 meses) em 94% dos pacientes.Inclusões intracitoplasmáticas foram constantemente observadas em macrófagos, correspondendo a nanopartículas de hidróxido de alumínio usado como adjuvante.
O comprometimento do sistema nervoso pode ser exemplificado através da disfunção cognitiva associada à miofascite macrofágica, que ocasionalmente pode ser severa (https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0162013409001895). Ela tem sido atribuída à biopersistência de nanopartículas de alumínio inflamatórias que penetram a barreira hematoencefálica através do mecanismo do “cavalo de Tróia” (https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0162013411002194). Portanto, diferentemente dos sais de alumínio solúveis, as nanopartículas adjuvantes podem persistir indefinidamente em vários órgãos e tecidos para os quais são transportadas no interior de células fagocíticas (“fagócitos”: monócitos, macrófagos, leucócitos) a partir do local da injeção da vacina.
Como demonstração da capacidade das nanopartículas de alumínio de atravessarem a barreira hematoencefálica, possivelmente por meio desse mecanismo, a esclerose múltipla (uma doença causada por agressão imunológica que tem como alvo a mielina presente na substância branca do sistema nervoso central) pode ocorrer como comorbidade da miofasciíte macrofágica. Em um estudo de 92 pacientes com miofascite macrofágica (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/11335699/), oito tinham sintomas de doença desmielinizante do SNC, incluindo sintomas hemissensoriais ou sensório-motores, sinais piramidais bilaterais, sinais cerebelares, perda visual, distúrbios cognitivos e comportamentais e disfunção da bexiga. Em seis dentre sete pacientes a ressonância magnética do cérebro mostrou sinais compatíveis com doença desmielinizante afetando a substância branca supratentorial e (em um paciente) atrofia do corpo caloso. Os potenciais evocados mostraram resultados anormais em quatro de seis pacientes e o exame do LCR mostrou alterações em quatro dentre sete. De acordo com os critérios de Poser, o diagnóstico de esclerose múltipla foi considerado clinicamente definitivo em cinco dentre os sete pacientes ou clinicamente provável em dois dentre os sete pacientes.
Em concordância com o papel da biopersistência de nanopartículas de alumínio na fisiopatologia dessas doenças, em um relato de dois casos de esclerose múltipla submetidos à detoxificação de metais com EDTA foram observadas respostas laboratoriais compatíveis com o efluxo de alumínio do tecido nervoso associadas à melhora clínica (https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1550830713001092).
As descobertas de Christopher Exley e sua equipe (2018) são cruciais para validar o transporte de nanopartículas de alumínio para o cérebro autista por meio do mecanismo do “cavalo de Troia” (https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0946672X17308763). Ao analisar amostras de tecido cerebral obtidas do Oxford University Brain Bank (https://www.hra.nhs.uk/planning-and-improving-research/application-summaries/research-summaries/the-oxford-brain-bank/), os autores demonstraram concentrações “extraordinariamente” altas de alumínio, que foram visualizadas histologicamente como alumínio particulado, nos cérebros de indivíduos falecidos com o diagnóstico de autismo (ênfase em negrito adicionada):
“…o fato de termos encontrado alumínio em cada amostra de tecido cerebral, congelada ou fixada, sugere fortemente que os indivíduos com diagnóstico de TEA têm níveis extraordinariamente altos de alumínio em seu tecido cerebral e que este alumínio está particularmente associado a células não neuronais incluindo micróglia e outros monócitos inflamatórios.”
A importância dos achados de Exley et al. deve ser destacada, pois são comparáveis ao papel essencial da análise histopatológica usada no ambiente clínico para estabelecer o diagnóstico. Em outras palavras, uma vez que a histopatologia é considerada fundamentalmente importante (o “padrão ouro”) para um diagnóstico definitivo — utilizando-se amostras de biópsia (https://link.springer.com/protocol/10.1007/7653_2014_33) ou autópsia (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/39713071/) — os resultados de Exley e seus colegas devem ser valorizados de forma semelhante. Negar o valor diagnóstico a esses resultados histopatológicos seria como defender a ideia de que o alumínio, um poderoso agente inflamatório (https://academic.oup.com/ndt/article-abstract/17/suppl_2/17/1849570), mesmo presente em níveis “extraordinariamente altos”, nada teria a ver com a encefalite crônica (https://wp.me/pbW3AH-1yv) que afeta o cérebro dos autistas.
Diante dos resultados o grupo de Exley, Ivanovski et al (2019) (https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0946672X18302141) analisaram as possíveis fontes, vias de exposição e respectivas taxas de absorção do alumínio e concluíram (ênfase em negrito acrescentada):
“Dado tudo isso, em condições fisiológicas normais, usuais, o acesso mais importante, mais regular e mais previsível, até mesmo pela lei legislada, do alumínio ao corpo humano é por meio de vacinas.”
Ivanovski et al (https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0946672X18302141) destacaram que a maior concentração de alumínio foi encontrada no cérebro do paciente mais jovem (15 anos). Tal fato é compatível com uma maior carga iatrogênica de alumínio particulado impactando as gerações mais jovens em decorrência da contínua expansão dos calendários vacinais (https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S143846392400018X).
A presença de alumínio no tecido cerebral não deve ser considerada como inespecífica ou sem significância patológica. Como Exley e Clarkson demonstraram, as concentrações de alumínio são significativamente maiores no tecido cerebral de indivíduos com autismo (também com doença de Alzheimer e esclerose múltipla) e em comparação com controles sem doenças neurológicas (https://www.nature.com/articles/s41598-020-64734-6):
“Confirmamos conclusões anteriores de que o conteúdo de alumínio do tecido cerebral na doença de Alzheimer, transtorno do espectro autista e esclerose múltipla está significativamente elevado.”
Portanto, a presença de alumínio no tecido cerebral não deve ser considerada como inespecífica ou desprovida de significado patológico. Conforme Exley e Clarkson afirmam:
“O alumínio é neurotóxico e é encontrado no tecido cerebral em meio extracelular associado à neuropatologia…”
“Os dados do grupo de controle demonstram que o alto teor de alumínio cerebral não é uma inevitabilidade de viver na era do alumínio.”
“O alumínio não é um membro do metaloma humano4. No entanto, sua onipresença no tecido humano e especialmente no cérebro não pode ser ocorrer consequências. Ele é unicamente hostil à vida, não há homeostase e é sempre um fardo para os processos vitais.”
Além disso, mesmo em coelhos adultos, nanopartículas de alumínio utilizadas como adjuvantes atravessam a barreira hematoencefálica e atingem o cérebro quando injetadas por via intramuscular (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/9302736/). O cérebro em desenvolvimento é claramente mais suscetível a substâncias tóxicas devido à imaturidade da barreira hematoencefálica (https://www.frontiersin.org/journals/pharmacology/articles/10.3389/fphar.2012.00046/full) (ênfase adicionada):
“Juntas, essas propriedades podem tornar os cérebros em desenvolvimento mais vulneráveis a drogas, toxinas e condições patológicas, contribuindo para danos cerebrais e, posteriormente, distúrbios neurológicos.”
Os achados de Exley et al. (https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0946672X17308763) complementam um estudo anterior publicado por Vargas et al. (2005), que já havia registrado post mortem o processo inflamatório que afeta o cérebro dos autistas em associação com níveis elevados de (MCP)-1 no fluido cerebrospinal (LCR) e no tecido cerebral (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/15546155/). A MCP-1 (Monocyte Chemoattractant Protein-1), também conhecida como CCL2 [Ligante 2 de quimiocina (padrão C-C)] é uma proteína que atrai monócitos, neutrófilos e linfócitos para o local de um processo inflamatório e pode ser produzida por outros macrófagos envolvidos no mesmo processo; a produção de (MCP)-1 promove a migração de monócitos da corrente sanguínea através do endotélio vascular; a produção da (MCP)-1 promove a migração de monócitos da corrente sanguínea através do endotélio vascular (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC2755091/). Os monócitos se transformam em macrófagos, tornando-se células imunes ativas quando artingem tecido infectado ou lesado (https://www.frontiersin.org/journals/immunology/articles/10.3389/fimmu.2014.00514/full). Conforme Vargas et al (2005) (ênfase em negrito acrescentada):
“Demonstramos um processo neuroinflamatório ativo no córtex cerebral, substância branca e, notavelmente, no cerebelo de pacientes autistas. Estudos imunocitoquímicos mostraram ativação marcante da microglia e astroglia, e o perfil de citocinas indicou que a proteína quimioatraente de macrófagos (MCP)-1 e o fator de crescimento tumoral beta1, derivados da neuroglia, foram as citocinas mais prevalentes nos tecidos cerebrais. O LCR mostrou um perfil pró-inflamatório único de citocinas, incluindo um aumento marcante em MCP-1.”
Em conformidade com a publicação de Exley et al. (2018) (https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0946672X17308763) que demonstrou presença de nanopartículas de alumínio no interior de linfócitos e de macrófagos (monócitos inflamatórios), DiStasio e colaboradores em 2019 identificaram infiltrados linfocitários no cérebro autista (https://onlinelibrary.wiley.com/doi/pdf/10.1002/ana.25610).
Portanto, a inflamação crônica que caracteriza o cérebro autista (discutida no primeiro editorial – https://wp.me/pbW3AH-1yv) envolve a presença de (A) “APCs” (células apresentadoras de antígenos), representadas por macrófagos (indistinguíveis da microglia inflamatória do “fenótipo M1”), e (B) linfócitos, que são as células apresentadas com antígenos neurais para produção de anticorpos.
Além disso, Exley et al. também notaram a presença de partículas de alumínio dentro das células neurais. O alumínio induz a formação de inflamassomas e leva à morte de neurônios por piroptose. Notavelmente, mesmo pequenas quantidades de alumínio comprometem funções celulares vitais (https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1155/2023/7389508), e Exley et al. (https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0946672X17308763) encontraram “níveis extraordinariamente altos de alumínio” nos cérebros de indivíduos autistas.
Além disso, a própria resposta inflamatória por si mesma (https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S004565352401720X) causa graves danos ao sistema nervoso. Devido ao seu alto teor lipídico, as células neuronais sofrem peroxidação lipídica – uma reação em cadeia de danos aos tecidos iniciada e sustentada pela produção de espécies reativas de oxigênio e nitrogênio, inerente aos processos inflamatórios (https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2211383524004040; https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC4662638/).
Os neurônios liberam autoantígenos como resultado de lesão, inflamação ou degeneração neuronal (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC7556967/). O alumínio particulado encontrado dentro de células neuronais em cérebros autistas (https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0946672X17308763) é provavelmente liberado com antígenos neuronais adsorvidos em sua superfície como consequência da morte neuronal induzida por alumínio. A microglia adota o fenótipo M1 em resposta a esses estímulos (https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0006295215007121; https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1155/2023/7389508). Quando ativadas para o estado M1, a microglia expressa moléculas MHC classe II (https://www.annualreviews.org/content/journals/10.1146/annurev-immunol-051116-052358; https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC5209629/), que são essenciais para seu papel como células apresentadoras de antígenos (APCs) em respostas inflamatórias no sistema nervoso central (https://www.frontiersin.org/journals/immunology/articles/10.3389/fimmu.2017.01905/full). Por ocasião da morte da célula neuronal, a célula microglial M1 pode posteriormente fagocitar nanopartículas de alumínio com antígenos neuronais adsorvidos em sua superfície, apresentando esses antígenos aos linfócitos para a síntese de autoanticorpos especificamente direcionados contra neurônios (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC3718498/; https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC11659937/).
Devido à translocação de nanopartículas de alumínio adjuvantes para o cérebro por meio de um mecanismo de cavalo de Troia (https://link.springer.com/chapter/10.1007/978-981-99-1592-7_4), células apresentadoras de antígenos (APCs), representadas pela microglia inflamatória do fenótipo M1, passam a coexistir com linfócitos (https://onlinelibrary.wiley.com/doi/pdf/10.1002/ana.25610) — as células às quais os antígenos neurais são apresentados para a produção de anticorpos específicos do cérebro. Portanto, a inflamação crônica que caracteriza o cérebro autista (discutida no primeiro editorial — https://wp.me/pbW3AH-1yv) e a produção de anticorpos contra antígenos neurais (discutida no segundo editorial desta série — https://wp.me/pbW3AH-1CD) podem ser totalmente atribuídas à translocação de nanopartículas de alumínio para o cérebro — a causa raiz do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Esses dados categorizam o TEA como uma Síndrome Autoimune (Auto-inflamatória) Induzida por Adjuvante (ASIA).
4.2.2) O efeito cumulativo e sinérgico de múltiplas vacinações simultâneas recorrentes na inflamação cerebral
Conforme já mencionado, Vargas et al. (2005) (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/15546155/) demonstraram níveis elevados de MCP-1 no fluido cerebrospinal (LCR) e no tecido cerebral de indivíduos autistas (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/15546155/). Como já foi mencionado, a MCP-1 (ou CCL2) é uma quimiocina (proteína que orienta a migração das células do sistema imunológico) que atrai monócitos, macrófagos e linfócitos para os locais de inflamação. Também é encontrada em níveis circulantes elevados nos portadores de ASIA, tal como na miofascite macrofágica (https://www.ingentaconnect.com/content/ben/cmc/2014/00000021/00000004/art00006), e no plasma de portadores de autismo (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC8213293; https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC8283413/), reforçando a caracterização do TEA como uma doença integrante da família ASIA. O alumínio induz a produção de MCP-1 / CCL2 (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC4536651/) e a elevada produção dessa quimiocina está envolvida na infiltração de linfócitos e monócitos em processos inflamatórios autoimunes que afetam o cérebro (https://fluidsbarrierscns.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12987-022-00365-5).
Conforme observado após a injeção intramuscular de nanopartículas presentes na vacina da hepatite B em camundongos (animais cuja vida dura em média 12-18 meses), o alumínio particulado é translocado do local da injeção para os gânglios linfáticos de drenagem regionais, acumula-se linearmente no cérebro ao longo de seis meses e ainda é detectável no baço e no cérebro um ano após a injeção (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23557144/). Conforme exemplificaram Tomljenovic e Shaw em 2011, um recém-nascido de 3,4 kg recebe 250 microgramas de alumínio contidas na vacina da hepatite B (“HB vaccine”), ou seja 73,5 microgramas por kg de peso. Comparativamente seria como se o adulto de 70 kg recebesse a quantidade de alumínio contida não em uma, mas em 10 vacinas da hepatite B administradas simultaneamente. Por outro lado, um bebê de 2 meses de vida de 5,0 kg recebe um conjunto de vacinas contendo um total de 862,5 microgramas de alumínio, ou seja 172,5 microgramas por kg de peso. Comparativamente, seria como se o adulto de 70 kg recebesse a quantidade de alumínio contida em 24 vacinas da hepatite B administradas simultaneamente (https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0162013411002212 – tabela 5). Aos 4 meses de idade, a mesma quantidade de alumínio que foi administrada aos 2 meses é imposta novamente. Aos 4 anos, espera-se que um total de 32 vacinas sejam administradas. Aos 2 e 4 meses, até cinco vacinas podem ser administradas simultaneamente. Aos 6 meses, até oito vacinas podem ser administradas ao mesmo tempo. Aos 12 meses, até 6 vacinas podem ser administradas simultaneamente. Depois disso, uma vacina é administrada aos 15 meses e novamente aos 18 meses, juntamente com duas vacinas administradas simultaneamente aos 2 anos de idade e quatro vacinas administradas simultaneamente aos 4 anos de idade (https://www.uptodate.com/contents/image?imageKey=PI/60399#:~:text=If%20a%20child%20gets%20a,Otherwise%2C%20there%20are%204%20doses; https://my.clevelandclinic.org/health/articles/11288-childhood-immunization-schedule).
Ocorrendo em paralelo a múltiplas vacinações aplicadas de forma recorrente, os sinais de autismo podem ser observados em crianças a partir dos 12 meses de idade e diagnóstico já pode ser feito por volta dos 2 anos de idade (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33246362/). Entre as manifestações do autismo encontram-se perda ou atraso da fala e convulsões. Dificuldades de linguagem são comuns em crianças autistas e estima-se que ocorram em cerca de 78% das crianças autistas (https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/aur.3171). Até cerca de 40% dos indivíduos com autismo desenvolvem epilepsia (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC3065774/). Por outro lado, diversas manifestações neurológicas tipicamente encontradas no autismo coincidem com aquelas descritas no envenenamento por alumínio, incluindo convulsões, disartria, apraxia da fala, coordenação prejudicada, fraqueza motora, ataxia, mioclonia, agitação, cognição reduzida e confusão (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK609094/; https://www.sciencedirect.com/topics/medicine-and-dentistry/aluminum-overload; https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC7886175/).
Como os adjuvantes de nanopartículas de alumínio, encontrados em aproximadamente 60–70% das vacinas, não foram submetidos a testes de segurança (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC7129276/), os potenciais efeitos adversos da administração simultânea de várias vacinas foram muito menos considerados (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC7129276/). Como implicação ainda mais séria, os efeitos cumulativos (aditivos ou sinérgicos) de vacinações repetidas, administradas simultaneamente ou separadamente, também não foram testados.
Conforme observado após a injeção intramuscular de nanopartículas presentes na vacina da hepatite B em camundongos (animais cuja vida dura em média 12-18 meses), o alumínio particulado é translocado do local da injeção para os gânglios linfáticos de drenagem regionais, acumula-se linearmente no cérebro por até seis meses e ainda é detectável no baço e no cérebro um ano após a injeção (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23557144/).
Ao atingir o sistema nervoso central (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/9302736/), as nanopartículas de alumínio derivadas de vacinas desencadeiam inflamação e a subsequente produção da quimiocina MCP-1 (CCL2) (https://bmcmedicine.biomedcentral.com/articles/10.1186/1741-7015-11-99) a partir de neurônios, astrócitos e da microglia ativada para o estado M1 (https://www.scielo.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0716-97602017000100218), resultando em um influxo contínuo de células inflamatórias para o tecido nervoso (https://bmcmedicine.biomedcentral.com/articles/10.1186/1741-7015-11-99).
É possível que, a cada novo episódio de vacinação, células inflamatórias adicionais carregando nanopartículas de alumínio sejam atraídas para o tecido nervoso devido à produção local de MCP-1 (CCL2) resultante do processo inflamatório estabelecido pela vacinação anterior. Assim, o processo inflamatório que afeta o tecido nervoso deve intensificar-se a cada nova vacinação, ocasionando acúmulo progressivo dos sinais de autismo até que o diagnóstico se torna evidente à percepção do médico e dos familiares (https://www.canada.ca/en/public-health/services/diseases/autism-spectrum-disorder-asd/signs-characteristics.html). Como era de se esperar, a condição pode piorar com o decorrer do tempo após o diagnóstico (https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1002/aur.2674). Não é de surpreender que a prevalência de autismo “profundo” entre crianças de oito anos tenha aumentado durante o período de observação de 2000 a 2016 (https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/00333549231163551), coincidindo com o aumento do calendário de vacinação (https://www.immunize.org/vaccines/vaccine-timeline/).
A inflamação do tecido nervoso em indivíduos autistas foi amplamente documentada, conforme revisado no primeiro editorial desta série (https://wp.me/pbW3AH-1yv), e pode ser demonstrada no cenário clínico por meio de níveis elevados de enolase neuronal específica (NSE) encontrados no plasma de indivíduos afetados (https://www.mdpi.com/2075-1729/13/8/1736). Níveis elevados de NSE representam um indicador confiável de lesão neuronal (https://journals.lww.com/jnsa/abstract/1993/04000/Neuron_Specific_Enolase_as_a_Marker_of_in_Vitro.7.aspx). Autoantígenos liberados por neurônios danificados podem desencadear uma resposta autoimune direcionada ao tecido nervoso (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC6454865/). As nanopartículas de alumínio induzem inflamação (https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/08958378.2021.1996492; https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC9599368/; https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC11511158; https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0162013411002212; https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC4804622/; https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC2587213/) e danificam células neuronais indiretamente, desencadeando um processo inflamatório que produz radicais livres que levam à peroxidação lipídica (https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/j.1471-4159.2006.04371.x; https://www.liebertpub.com/doi/abs/10.1089/ARS.2009.2668), e diretamente através de seus efeitos neurotóxicos (https://uknowledge.uky.edu/ps_facpub/203/; https://link.springer.com/article/10.1007/s12026-013-8403-1?s=35). Conforme suas propriedades adjuvantes, as nanopartículas de alumínio podem provocar doenças autoimunes e autismo (https://www.mdpi.com/2076-393X/12/10/1187). Concebivelmente, nanopartículas de alumínio devem adsorver autoantígenos neuronais liberados por células lesionadas. Quando subsequentemente fagocitadas por macrófagos ou microglia ativadas para o estado M1, elas podem atuar como células apresentadoras de antígenos (APCs) (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC8167938/), levando à produção de autoanticorpos neuronais relatados no segundo editorial desta série (https://wp.me/pbW3AH-1CD).
4.2.3) As consequências de uma ruptura prolongada da barreira hematoencefálica causada pela inflamação cerebral induzida por nanopartículas de alumínio incluem a colonização contínua do tecido cerebral por fungos, o que sustenta um ciclo patogênico que aprisiona nanopartículas de alumínio inflamatórias dentro do tecido cerebral.
Processos inflamatórios que afetam o tecido cerebral rompem a barreira hematoencefálica (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC10212550/; https://www.frontiersin.org/journals/cellular-neuroscience/articles/10.3389/fncel.2021.661838/full; https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/13813455.2020.1784952). A inflamação cerebral pode ser desencadeada principalmente por microrganismos patogênicos (https://journals.lww.com/annals-of-medicine-and-surgery/fulltext/2023/06000/Stealth_invaders__unraveling_the_mystery_of.74.aspx) ou por nanopartículas adjuvantes de alumínio (https://www.frontiersin.org/journals/neurology/articles/10.3389/fneur.2015.00004/full) que penetram o tecido cerebral dentro das células imunes através do mecanismo do cavalo de Tróia.
De acordo com o Princípio da Parcimônia, sendo as vacinas que utilizam nanopartículas adjuvantes de alumínio identificadas como a causa raiz do autismo, deve haver um mecanismo pelo qual as vacinas contendo nanopartículas de alumínio levem à disbiose intestinal bem documentada em indivíduos com TEA, incluindo crescimento excessivo de fungos (https://www.mdpi.com/2072-6643/11/3/521).
Esse mecanismo certamente pode ser extraído do conhecimento estabelecido relativo à fisiologia do sistema imunológico. O intestino é o maior órgão envolvido na digestão e na imunidade, servindo como a principal interface entre os humanos e o seu ambiente (https://www.frontiersin.org/journals/physiology/articles/10.3389/fphys.2024.1465649/full). Os macrófagos estão entre os leucócitos mais abundantes na mucosa intestinal (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC4217150/). Ao contrário da maioria dos outros macrófagos teciduais, que parecem derivar de precursores primitivos que posteriormente se autorrenovam, o pool de macrófagos intestinais requer renovação contínua a partir de monócitos sanguíneos circulantes (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC4217150/). Esta característica potencialmente posiciona o intestino como um alvo importante para a toxicidade das nanopartículas de alumínio adjuvantes, uma vez que o MCP-1 (CCL2) é constitutivamente expresso na mucosa colônica intestinal e é regulado positivamente durante a inflamação (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/7806062/).
Portanto, monócitos contendo nanopartículas de alumínio podem plausivelmente migrar do local da injeção da vacina (fonte primária) ou de fontes secundárias para a mucosa intestinal, levando à inflamação intestinal e à consequente ruptura da barreira sanguínea epitelial intestinal, tal como é relatado no autismo (https://gutpathogens.biomedcentral.com/articles/10.1186/s13099-021-00448-y; https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34517895/). Uma vez estabelecido o processo inflamatório, a produção de MCP-1 (CCL2) aumenta, levando a uma migração mais intensa de monócitos para a parede intestinal inflamada (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/7806062/). Como resultado, prevê-se um acúmulo progressivo de nanopartículas de alumínio no intestino inflamado, formando um ciclo vicioso que tende a piorar a cada nova vacinação que introduz quantidade adicional dessas nanopartículas metálicas no organismo.
Nanopartículas de alumínio que se acumulam na mucosa intestinal inflamada também podem ali exercer seu efeito adjuvante. Ao absorver proteínas presentes nos alimentos, elas podem estimular a produção de anticorpos direcionados contra essas proteínas. Isso explica a ocorrência de intolerâncias alimentares em indivíduos com autismo, que estão associadas à produção de anticorpos direcionados direcionados a substâncias como a gliadina do glúten e a caseína do leite (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23984403/; https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27416160; https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC3747333/).
Como esperado, a função imunológica intestinal alterada facilita o crescimento de bactérias e fungos patogênicos (https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2666524722002038; https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC10672531). Como tanto a barreira hematoencefálica quanto a barreira epitelial intestinal estão comprometidas no TEA (https://molecularautism.biomedcentral.com/articles/10.1186/s13229-016-0110-z), microrganismos patogênicos que proliferam no intestino podem entrar na corrente sanguínea e acessar o tecido cerebral.
Corroborando essa possibilidade, relata-se que o alumínio perturba o equilíbrio da flora intestinal, inibe o crescimento de bactérias benéficas e promove a proliferação de microrganismos nocivos, o que pode comprometer ainda mais a barreira biológica. (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34648793). Leveduras, incluindo Aspergillus spp. e a forma agressiva de Candida spp. proliferam nos intestinos de indivíduos com TEA, enquanto o crescimento benéfico de Saccharomyces cerevisiae diminui (https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2023.07.13.548908v1; https://link.springer.com/article/10.1007/s10803-020-04543-y; https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/39590651/; http://ajsep.asmepress.com/Uploads/file/20241208/20241208011903_40651.pdf). Sintomas gastrointestinais foram observados em 82,5% das crianças com autismo, sendo o odor fétido das fezes o sintoma mais comum (70%) (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC8690952/). Além disso, sintomas gastrointestinais como constipação e hábitos intestinais alternados (flutuações entre episódios de constipação e diarreia) estão correlacionados com o aumento da permeabilidade da barreira intestinal à lactulose (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27655151/). O grau de inflamação intestinal, avaliado pela concentração de calprotectina, correlaciona-se com a gravidade da doença, conforme indicado pela pontuação na Escala de Avaliação do Autismo Infantil (CARS) (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27655151/).
Dados sobre a potencial colonização do tecido cerebral por várias espécies de bactérias e fungos não se limitam ao autismo. Fenômenos semelhantes foram reconhecidos como um potencial mecanismo fisiopatológico em diversos estados de doença que afetam o cérebro. O aumento da permeabilidade da barreira intestinal permite que micróbios e seus produtos se transloquem para a corrente sanguínea, induzindo inflamação de baixo grau em vários órgãos e tecidos (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC5988153/). No contexto neurológico, isso pode ser particularmente relevante para a fisiopatologia de doenças nas quais a barreira hematoencefálica é concomitantemente permeável, como o autismo (https://molecularautism.biomedcentral.com/articles/10.1186/s13229-016-0110-z) doenças autoimunes e neurodegenerativas (https://www.nature.com/articles/nrneurol.2017.188).; https://www.frontiersin.org/journals/microbiology/articles/10.3389/fmicb.2018.03249/full; https://www.degruyter.com/document/doi/10.1515/hsz-2021-0214/html?lang=en&srsltid=AfmBOorJiq7SdF1MGv2tvHV8FevMoDkKrSDnM6wCLuxeuPmcafMGMJ_p).
Por exemplo, conforme observado por Naik et al. (2025) (https://link.springer.com/article/10.1007/s12035-024-04270-w):
“…descobertas recentes mostram surpreendentemente a presença de DNA de Malassezia no cérebro e foram associadas a doenças como Alzheimer, Parkinson, esclerose múltipla e esclerose lateral amiotrófica.”
Em concordância com isso, estudos histopatológicos post-mortem identificaram fungos nos cérebros de pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28888971/; https://www.frontiersin.org/journals/neuroscience/articles/10.3389/fnins.2019.00171/full) – uma doença associada ao aumento da permeabilidade da barreira hematoencefálica (https://www.frontiersin.org/journals/cellular-neuroscience/articles/10.3389/fncel.2014.00021/full; https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/36704819/). O aumento da permeabilidade da barreira hematoencefálica (https://www.frontiersin.org/journals/physiology/articles/10.3389/fphys.2020.593026/full) e microrganismos infecciosos comparáveis (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC7053320/) também foram relatados nos cérebros de pacientes com doença de Parkinson (DP). Dados semelhantes foram publicados sobre esclerose múltipla (EM) (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/8525795/; https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29085329/) e doença de Alzheimer (DA) (https://journals.sagepub.com/doi/full/10.1038/jcbfm.2013.135; https://www.mdpi.com/1422-0067/18/9/1965; https://www.nature.com/articles/srep15015; https://www.frontiersin.org/journals/aging-neuroscience/articles/10.3389/fnagi.2018.00159/full).
Coincidentemente, a concentração elevada de alumínio, que induz a inflamação do tecido cerebral e rompe a barreira hematoencefálica, foi observada não apenas nos cérebros de indivíduos com TEA, mas também naqueles com Esclerose Lateral Amiotrófica e Parkinsonismo-Demência de Guam, DP, EM e DA (https://www.science.org/doi/10.1126/science.7112111; https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32385326/; https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC8795119/; https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31468176/). Além disso, a injeção de nanopartículas de alumínio adjuvantes em camundongos em doses equivalentes às administradas a militares dos EUA durante a Guerra do Golfo induziu a morte do neurônio motor (https://link.springer.com/article/10.1385/NMM:9:1:83).
Usando condições de cultivo apropriadas, em 2019 Markova demonstrou variantes deficientes na parede celular de bactérias e fungos oportunistas nas hemoculturas de crianças autistas que podem se transformar em fenótipos patogênicos. O autor também mostrou aumento de anticorpos séricos IgG, IgM e IgA específicos contra Aspergillus fumigatus nas crianças afetadas, indicando um fenômeno de “colonização” fúngica ou “infecção silenciosa” (https://www.nature.com/articles/s41598-019-49768-9). Essa mudança fenotípica é reconhecida como uma estratégia para escapar do sistema imunológico do hospedeiro. Os fungos podem alterar sua estrutura adotando uma morfologia globular (a “forma L”), sem parede celular e filamentos, para evitarem exibir antígenos ou moléculas que levariam ao seu reconhecimento como patógenos (https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1044532323000295).
Em 2020, Baker e Shaw (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC7572136/) relataram uma “recuperação completa do TEA” em um menino chamado “M”, que foi diagnosticado com TEA em junho de 2016 e tratado com doses crescentes do medicamento antifúngico itraconazol (até 600 mg por dia) de dezembro de 2017 até meados de 2019 (aos dezoito meses de tratamento, aos 4 anos). A criança experimentou uma sequência inicial de respostas negativas e positivas antes de se estabilizar em um resultado positivo. Pais e médicos chegaram a um consenso de que a criança havia se recuperado do autismo em junho de 2018 (aos seis meses de tratamento). Os autores consideraram que os períodos transitórios iniciais de exacerbação dos sintomas resultavam da liberação de toxinas ou antígenos na corrente sanguínea (reação de Jarisch-Herxheimer) devido à morte de fungos:
“O primeiro período de tratamento antifúngico foi realizado com aumentos incrementais na dosagem após o agravamento dos sintomas. O Dr. Baker suspeitou que o agravamento dos sintomas representava uma “morte” ou resposta de Herxheimer à liberação de toxinas fúngicas. A família de M teve acesso à marca Sporanox® e ao itraconazol genérico. Foi somente após várias semanas em que sequências inexplicáveis de benefícios e respostas negativas se desenrolaram que uma correlação de boas respostas – incluindo reações de Herxheimer – revelou que a marca Sporanox® era eficaz e o genérico não. A partir desse ponto, a escalada da dosagem produziu ondas semelhantes de padrões tranquilizadoramente semelhantes de exacerbação de sintomas negativos e avanço de sintomas positivos.”
Durante o tratamento, as medições de metabólitos fúngicos na urina foram notavelmente reduzidas em fevereiro de 2018 (após dois meses de tratamento), fornecendo fortes evidências laboratoriais de erradicação fúngica do organismo da criança:
“Os metabólitos de Aspergillus ácido 5-hidroxi-metil-2-furoico e ácido furan-2,5-dicarboxílico em amostras de urina da criança com autismo diminuíram 97,5% e 99,2%, respectivamente, dos valores basais após o tratamento antifúngico com itraconazol.”
“Depois que ele se estabilizou na dose máxima por algumas semanas, as reduções experimentais deram o que se tornou um padrão previsível de manutenção do benefício em doses mais baixas até que ele manteve todos os seus benefícios sem mais necessidade de Sporanox® em um momento que foi um ano desde o início.
Todos os sintomas de autismo da criança desapareceram. Além disso, a criança desenvolveu habilidades esportivas significativas no futebol, excelentes habilidades musicais e foi avaliada em desempenho em um nível de habilidades escolares de seis anos de idade aos quatro anos de idade.”
Os autores não forneceram informações sobre o histórico de vacinação da criança e não está claro se a piora transitória dos sintomas do TEA observada durante a fase inicial do tratamento com itraconazol estava relacionada a vacinações.
Diversos fungos encontrados no ambiente geram micotoxinas – metabólitos tóxicos capazes de causar doenças e morte em humanos e outros animais. Muitas micotoxinas, particularmente tricotecenos macrocíclicos, alcaloides, fumonisina B e Ocratoxina A (OTA), são conhecidas por induzir neurotoxicidade e doenças neurodegenerativas como ELA (https://journals.lww.com/nrronline/fulltext/2019/14090/fungal_contaminated_grass_and_well_water_and.3.aspx). As espécies dos gêneros Aspergillus e Penicillium produzem OTA (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC4810228/). Além disso, algumas espécies de fungos geram amônia que aumenta o pH, ativando fatores de virulência e desencadeando a morte de células do hospedeiro (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC5322887/; https://link.springer.com/article/10.1007/s11064-016-2014-x).
Presumivelmente “M” deve ter recebido a carga esperada de alumínio de vacinações repetidas durante os primeiros anos de vida. Assim, o relato de Baker e Shaw (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC7572136/) sugere que a colonização persistente de fungos nos cérebros de pacientes com TEA pode não apenas potencializar, mas também servir como um fator fundamental na manutenção da inflamação cerebral e na resultante ruptura da barreira hematoencefálica causada por nanopartículas adjuvantes de alumínio. Em conformidade com essa perspectiva, a sinalização MCP-1 (CCL2) também desempenha um papel na atração de macrófagos para áreas de infecção causadas por fungos como Candida spp. e Aspergillus spp. (https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/mmy.39.1.41.50). Como resultado, os macrófagos ativados produzem quitotriosidase (um tipo de quitinase) que decompõe a quitina, um componente essencial das paredes celulares dos fungos. A liberação subsequente de oligômeros de quitina difusíveis facilita a ativação imune inata contra infecções fúngicas (https://www.frontiersin.org/journals/immunology/articles/10.3389/fimmu.2025.1497174/full).
O sistema imunológico do hospedeiro identifica a quitina e os oligômeros de quitina como padrões moleculares associados a patógenos (PAMPs), desencadeando respostas imunológicas (https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1155/2012/920459; https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28251581). Portanto, tal como ocorre com outras formas de ocultação dos antígenos da parede celular fúngica (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC5108756/; https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC5753153/), a mudança do fenótipo para a “forma L” (sem parede celular – identificada no sangue dos autistas por Markova – https://www.nature.com/articles/s41598-019-49768-9) reduz a possibilidade do reconhecimento do fungo como patógeno pelo sistema imune inato do hospedeiro, permitindo a colonização disseminada nos tecidos do hospedeiro (https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0966842X20301268).
Além dessa notável alteração do seu fenótipo, os fungos desenvolveram várias outras estratégias para escapar às respostas imunes do hospedeiro, incluindo a limitação dos mecanismos efetores imunológicos que o hospedeiro emprega para eliminá-los
(https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC6150853/; https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC9608459/), https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1044532323000295; https://www.frontiersin.org/journals/cellular-and-infection-microbiology/articles/10.3389/fcimb.2016.00142/full; https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1369527411001445; https://academic.oup.com/mmy/article/47/3/227/1746180; https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC11737513/; https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC4326658/; https://www.frontiersin.org/journals/immunology/articles/10.3389/fimmu.2018.01635/full; https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1286457909001580; https://ashpublications.org/blood/article/105/6/2258/20128/Aspergillus-fumigatus-suppresses-the-human). Como resultado, as infecções fúngicas podem ser difíceis de tratar e podem exigir administração prolongada de medicamentos antifúngicos (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/37729658/; https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/39218648/), como foi demonstrado no caso relatado por Baker and Shaw (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC7572136/).
A presença de Aspergillus spp. em amostras de sangue de crianças com TEA (https://www.nature.com/articles/s41598-019-49768-9) e a ruptura das barreiras intestinal e hematoencefálica (https://molecularautism.biomedcentral.com/articles/10.1186/s13229-016-0110-z) demonstram que todas as condições necessárias para a migração de fungos crescidos no lúmen intestinal para o cérebro do autista estão presentes. Como implicação fisiopatológica significativa, micotoxinas e amônia podem ser produzidas localmente no cérebro por fungos, resultando em estresse oxidativo in situ (https://www.mdpi.com/1422-0067/12/8/5213; https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0197018612003506) e consequente degeneração de células neuronais do hospedeiro.
Neste cenário, a presença simultânea de nanopartículas de alumínio e infecções fúngicas contribui para exacerbar a lesão neuronal, a liberação de autoantígenos, a sustentação da sinalização MCP-1 (CCL2), a apresentação de autoantígenos neuronais (que mantém ou aumenta a atividade autoimune), a ruptura da barreira hematoencefálica e o influxo de uma quantidade maior de nanopartículas de alumínio e fungos. Gera-se, portanto, um ciclo vicioso que se intensifica a cada carga adicional de nanopartículas de alumínio introduzida no organismo por meio de vacinações múltiplas ou isoladas.
O caso relatado por Baker e Shaw de recuperação completa uma criança portadora de TEA após seis meses de tratamento com o medicamento antifúngico itraconazol (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC7572136/) sugere que a colonização do tecido cerebral por fungos também pode impedir a eliminação espontânea de macrófagos contendo nanopartículas de alumínio adjuvantes do cérebro de pacientes com autismo. Em outras palavras, esses macrófagos podem ser retidos no cérebro devido à produção de quimiocinas relacionadas à infecção fúngica
(https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/mmy.39.1.41.50). Portanto, ao abordar a infecção fúngica, o itraconazol pode auxiliar indiretamente na eliminação de macrófagos contendo nanopartículas de alumínio adjuvantes do cérebro.
Por outro lado, reconhecer a existência de uma infecção fúngica não tratada no cérebro de um indivíduo autista, potencialmente causada por múltiplas espécies fúngicas de vários gêneros, oferece uma compreensão nova e mais clara da fisiopatologia do TEA, com implicações terapêuticas significativas. Evidencia-se que não se trata unicamente de eliminar um metal altamente tóxico e biopersistente do sistema nervoso – uma questão que tem provocado debates sobre a dosagem administrada e a capacidade do corpo de eliminá-lo (discutido adiante). O envolvimento de espécies provavelmente diferentes de fungos se torna relevante. Cada uma pode empregar sua própria estratégia eficaz para escapar das defesas imunológicas do hospedeiro e sobreviver no tecido nervoso, agindo de forma simbiótica com as nanopartículas de um metal altamente neurotóxico.
Nunca é demais enfatizar que o cérebro é um órgão extremamente delicado e vital, especialmente durante os estágios críticos do desenvolvimento, quando agressões tão diversas ocorrem simultaneamente (https://www.annualreviews.org/content/journals/10.1146/annurev-publhealth-031912-114413; https://www.liebertpub.com/doi/abs/10.1089/ars.2010.3581; https://www.frontiersin.org/journals/neurology/articles/10.3389/fneur.2021.805643/full).
A terapia antifúngica oral prolongada de amplo espectro possivelmente virá a tornar-se um passo vital no tratamento do TEA e de outras doenças neurológicas crônicas potencialmente incapacitantes relacionadas ao comprometimento da função da barreira hematoencefálica. No entanto, devido aos potenciais efeitos colaterais associados ao uso prolongado de medicamentos antifúngicos (https://en.fungaleducation.org/blog/2019/06/07/side-effects-of-long-term-azole-therapy/), melhores opções devem ser consideradas.
Devido aos seus inúmeros benefícios e praticamente ausência de efeitos colaterais, a própolis (cola de abelha) se destaca como candidata natural para tratamento de primeira escolha com grandes vantagens sobre os medicamentos antifúngicos. A própolis é um produto natural, de baixo custo e não tóxico, conhecido por sua ação antifúngica de amplo espectro (https://www.scielo.br/j/bjps/a/VTjzXxmqJpNhmpTshG5rr6j; https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/11766101/; https://www.mdpi.com/2304-8158/10/6/1360; https://www.mdpi.com/1424-8220/21/7/2334; https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0168160521004220; https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35592938/; https://www.mdpi.com/1420-3049/27/14/4594), por seu efeito de reforço imunológico (https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0378874107002474) e por seus efeitos anti-inflamatórios – incluindo entre estes últimos a inibição da MCP-1 (CCL2) (https://www.mdpi.com/1420-3049/27/23/8473). Além disso, o própolis apresenta propriedades neuroprotetoras (https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1155/2017/7984327; https://iubmb.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/iub.1189; https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0024320506007351; https://www.mdpi.com/2227-9059/9/9/1227). Ao contrário dos potenciais efeitos colaterais hepatotóxicos dos medicamentos antifúngicos (https://en.fungaleducation.org/blog/2019/06/07/side-effects-of-long-term-azole-therapy/), a própolis é hepatoprotetora (https://iubmb.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/iub.1189; https://www.mdpi.com/1424-8220/21/7/2334).
O poder terapêutico da própolis não deve ser subestimado, pois ela é composta por uma mistura de substâncias produzidas por abelhas – insetos resilientes que se adaptaram a uma ampla gama de condições ao longo de milhões de anos.
Para os insetos, os fungos são a principal causa de doenças (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34101488). Estima-se que os fungos tenham surgido na Terra há 2,4 bilhões de anos (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC7412495/) e dominado as bactérias já presentes no planeta há 3,5 bilhões de anos (https://www.oum.ox.ac.uk/bacterialworld/). A descoberta da penicilina produzida pelo fungo Penicillium notatum por Alexander Fleming em 1928 (https://pt.wikipedia.org/wiki/Alexander_Fleming) serve como uma demonstração convincente desse domínio.
Estima-se que os fungos tenham surgido na Terra há 2,4 bilhões de anos (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC7412495/) e dominado as bactérias já presentes no planeta há 3,5 bilhões de anos (https://www.oum.ox.ac.uk/bacterialworld/).
Por sua vez, as abelhas surgiram na Terra há 120 milhões de anos e incorporaram diversos elementos à própolis para se defenderem contra fungos e bactérias patogênicos (https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/00218839.2022.2154474) e promoverem o crescimento bacteriano benéfico (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC7412495/), permitindo-lhes sobreviver e evoluir.
4.2.4) O efeito adjuvante da vacina MMR como um poderoso gatilho para o autismo regressivo
Em seu artigo inspirador, Shoenfeld e Agmon-Levin (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/20708902/) relataram que agentes infecciosos podem atuar como adjuvantes, aumentando as respostas imunológicas e desencadeando condições autoimunes. Essa realidade é confirmada em diversas publicações que precederam e sucederam a publicação de Shoenfeld e Agmon-Levin de 2011 (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC7129276/; https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/15386590/; https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/19117533/; https://www.frontiersin.org/journals/immunology/articles/10.3389/fimmu.2024.1361123/full), sendo a febre reumática um exemplo conhecido há diversas décadas (https://link.springer.com/article/10.1007/s10875-009-9332-6). A fisiopatologia do TEA tem fortes características autoimunes (revisada no segundo editorial desta série – https://wp.me/pbW3AH-1CD) e preenche os requisitos para ser considerada uma “Síndrome Autoimune (Auto-Inflamatória) Induzida por Adjuvante” (ASIA) (revisada neste terceiro editorial). Em consonância com a descrição do TEA como uma doença autoimune desencadeada pelo efeito adjuvante de uma infecção, um episódio de infecção pode preceder o diagnóstico de TEA (https://jneurodevdisorders.biomedcentral.com/articles/10.1186/s11689-022-09422-4; https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35151261/).
Em 1998 Andrew Wakefield e outros 12 autores que compunham um “Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal” do Royal Free Hospital and School of Medicine, localizado em Londres (Inflammatory Bowel Disease Study Group) publicaram um estudo na revista “The Lancet” (“Ileal-lymphoid-nodular hyperplasia, non-specific colitis, and pervasive developmental disorder in children” – (https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140673697110960/fulltext). Nesse estudo relataram a “perda de habilidades adquiridas, incluindo a linguagem”, em doze crianças com idades entre 3 e 10 anos de idade. O histórico de perda de habilidades adquiridas estava associado a um quadro clínico de diarreia e dor abdominal e a um quadro histopatológico de colite aguda e / ou crônica inespecífica (variando de hiperplasia nodular linfoide a ulceração aftóide). Conforme a informação fornecida pelos pais, em oito delas o quadro de alteração comportamental havia se manifestado após receberem a vacina tríplice viral (sarampo, cachumba e rubéola), em uma criança após infecção por sarampo e em outra após um episódio de otite média. Convulsões após a vacinação foram relatadas em três crianças 24 horas, uma e duas semanas após a vacinação. A publicação incluía documentação fotográfica de imagens nodulares obtida durante a endoscopia. Também relataram níveis elevados de ácido metilmalônico – um indicativo de deficiência de vitamina B12 sugerindo que uma redução da absorção dessa vitamina, em decorrência do processo inflamatório intestinal, poderia estar contribuindo para o quadro neurológico relatado. Ao final da publicação os autores concluíram:
“Identificamos uma enterocolite crônica em crianças que pode estar relacionada à disfunção neuropsiquiátrica. Na maioria dos casos, o início dos sintomas ocorreu após a imunização contra sarampo, caxumba e rubéola. Mais investigações são necessárias para examinar essa síndrome e sua possível relação com essa vacina.”
O “Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal” incluía treze profissionais ligados a 4 diferentes Departamentos Universitários: University Department of Medicine and Histopathology (A J Wakefield FRCS, A Anthony MB, J Linnell PhD, A P Dhillon MRCPath, S E Davies MRCPath), University Department of Paediatric Gastroenterology (S H Murch MB, D M Casson MRCP, M Malik MRCP, M A Thomson FRCP, J A Walker-Smith FRCP), University Department of Child and Adolescent Psychiatry (M Berelowitz FRCPsych) e University Department of Neurology: P Harvey FRCP).
Em 2004 foi publicado um novo estudo na revista “Journal of American Physicians and Surgeons” (“Detection of Measles Virus Genomic RNA in Cerebrospinal Fluid of Children with Regressive Autism: a Report of Three Cases” – https://www.jpands.org/vol9no2/bradstreet.pdf) relatando a presença do gene de fusão do vírus do sarampo (MV Fusion (F) gene) no líquido cérebro-espinhal (LCR) de três crianças que desenvolveram autismo regressivo logo após receberem a vacina tríplice viral. Esse gene não foi encontrado no LCR de outras três crianças não portadoras de autismo, mas que também receberam a mesma vacina. O “MV Fusion (F) gene” codifica a proteína F, uma glicoproteína transmembrana que media a fusão da membrana entre o vírus do sarampo e as membranas das células hospedeiras, uma etapa crucial na entrada e infecção viral. Os autores consideraram seus resultados não somente consistentes com infecção pelo vírus do sarampo como causa de autismo, como também consistentes com a presença de replicação viral ativa nas crianças autistas que foram objeto do estudo. O exame de endoscopia realizado nas três crianças portadoras de autismo demonstrou a “hiperplasia nodular linfoide ileal” e a presença do gene (RNA) do vírus do sarampo no tecido biopsiado. Anticorpos antiproteína básica da mielina (MBP) foram identificados em duas dentre as três crianças autistas. Fotos das alterações encontradas à colonoscopia foram também apresentadas nesse segunda publicação.
O estudo envolveu a participação de cinco pesquisadores: de Meulbourne (Flórida), Nova Orleans (Louisiana) e Londres: J.J. Bradstreet, M.D. (Medical Director International Child Development Resource Center, Melbourne, Fla., and Adjunct Professor, Stetson University, College of Psychology, Deland, Fla), J. El Dahr, M.D. (Associate Professor of Pediatrics and Medicine and head of the section of Pediatric Allergy, Immunology and Rheumatology, Tulane University Medical School, New Orleans, La), A. Anthony M.B., Ph.D., M.R.C.Path. (Professor, Department of Histopathology, Royal Free and University College Medical School, London, U.K.) e J.J. Kartzinel M.D. (Associate Medical Director, International Child Development Resource Center, Melbourne, Fla) e A.J. Wakefield, M.B., F.R.C.S., F.R.C. Path. (Director of Research, International Child Development Resource Center, Melbourne, Fla).
Apesar de que (1) o estudo inicial de 1998 (Andrew Wakefield et al. – https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140673697110960/fulltext).
contou com a autoria de treze diferentes profissionais universitários, e (2) de o principal autor (Wakefield) ter apenas declarado que seria prudente administrar vacinas contra os três tipos diferentes de vírus em separado até que fosse definida ou não a relação causal entre a vacina tríplice viral, a publicação de 1998 foi considerada produto de fraude, tendo como motivo “conflitos de interesse não revelados” e em 2010 a revista “The Lancet” a cancelou. Apesar disso, a publicação cancelada já foi citada quase 4.700 vezes.
Em 1976, a idade para vacinação de rotina com a vacina MMR foi alterada de 12 para 15 meses (https://www.immunize.org/vaccines/vaccine-timeline/). Atualmente o CDC recomenda duas doses da vacina tríplice viral, começando com a primeira dose entre 12 e 15 meses de idade e a segunda dose entre 4 e 6 anos de idade (https://www.cdc.gov/measles/vaccines/index.html?CDC_AA_refVal=https%3A%2F%2Fwww.cdc.gov%2Fvaccines%2Fvpd%2Fmmr%2Fpublic%2Findex.html). Por outro lado, o início das manifestações do autismo regressivo é frequentemente observado entre 18 e 24 meses de idade (https://link.springer.com/article/10.1007/s10803-018-03871-4). As causas são declaradamente desconhecidas (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4949854/), e a condição considerada “intrigante” (https://link.springer.com/article/10.1186/1471-2377-14-70).
A fisiopatologia do TEA tem fortes características autoimunes (revisada no segundo editorial desta série – https://wp.me/pbW3AH-1Gn) e preenche os requisitos para ser considerada uma “Síndrome Autoimune (Auto-Inflamatória) Induzida por Adjuvante” (ASIA) (revisada neste terceiro editorial). Em linha com a descrição do TEA como uma doença autoimune desencadeada pelo efeito adjuvante de uma infecção, um episódio de infecção pode preceder o diagnóstico de TEA
(https://jneurodevdisorders.biomedcentral.com/articles/10.1186/s11689-022-09422-4; https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35151261/).
Da mesma forma, o sistema imunológico continua a amadurecer durante a infância (https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1399-3038.1995.tb00261.x), atingindo a maturação completa por volta dos 10 anos de idade. A imunidade inata desempenha um papel significativo nos primeiros anos, pois a resposta adaptativa ainda está em desenvolvimento e só amadurece completamente após a primeira década (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC9432342/).
As vacinas vivas atenuadas visam induzir uma infecção leve nos indivíduos vacinados (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35651619/), mas encontra-se reconhecido que elas apresentam um risco de infecção significativa ou grave em indivíduos imunocomprometidos (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/37076756/; https://www.gov.uk/drug-safety-update/live-attenuated-vaccines-avoid-use-in-those-who-are-clinically-immunosuppressed; https://www.jaci-inpractice.org/article/S2213-2198(16)30408-1/abstract).
Da mesma forma, o sistema imunológico continua a amadurecer durante a infância (https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1399-3038.1995.tb00261.x), atingindo a maturação completa por volta dos 10 anos de idade. A imunidade inata desempenha um papel significativo nos primeiros anos, pois a resposta adaptativa ainda está em desenvolvimento e só amadurece completamente após a primeira década (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC9432342/).
A vacina MMR contém três vírus vivos atenuados: sarampo, caxumba e rubéola. Quando administrada entre 12 e 15 meses de idade, ela coloca um sistema imunológico em desenvolvimento, que é apenas parcialmente imunocompetente e depende principalmente da imunidade inata, na posição de lidar com três vírus invasores simultaneamente – um desafio avassalador nesse contexto. A coinfecção viral tem sido associada à maior severidade e mortalidade da virose em comparação com crianças infectadas com apenas um vírus particularmente em crianças mais jovens (https://www.nature.com/articles/s41598-021-84423-2; https://publications.aap.org/pediatrics/article/151/2/e2022059037/190475/; https://www.mdpi.com/2227-9059/11/5/1402). Como os agentes infecciosos são conhecidos por exibir atividade adjuvante imunológica que pode desencadear ASIA (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/20708902/), a vacina MMR é naturalmente dotada de um efeito adjuvante potente e pode, sem dúvida, desencadear ASD – uma condição categorizada dentro desse grupo de doenças autoimunes, conforme discutido anteriormente neste terceiro editorial.
Embora não haja estudos de segurança controlados por placebo disponíveis, essa abordagem está sendo adotada em escala global em um momento em que as taxas de crescimento do autismo estão disparando e podem já ter atingido um nível ainda maior do que o observado em 2020 (1 em cada 36 crianças) (https://www.cdc.gov/autism/data-research/index.html), contrastando com a taxa estimada de menos de 3 casos por 10.000 crianças em 1970 (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC1497666).
Como já citado para explicar a migração de nanopartículas de alumínio para a parede intestinal, o pool de macrófagos da barreira intestinal requer renovação contínua de monócitos sanguíneos circulantes (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC4217150/). O MCP-1 (CCL2) é constitutivamente expresso na mucosa colônica intestinal e é regulado positivamente durante a inflamação (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/7806062/). Assim, tanto o tecido nervoso como o intestinal, já clínica ou subclinicamente inflamados pela migração de células da linhagem monocitária contendo nanopartículas adjuvantes de alumínio resultantes das vacinações precedentes, devem atrair as células contendo um ou mais componentes da carga viral da vacina tríplice.
É condizente com esse mecanismo a presença de replicação do vírus do sarampo no líquido cérebro-espinhal (LCR) de três crianças que desenvolveram autismo regressivo após a aplicação da vacina tríplice viral (https://www.jpands.org/vol9no2/bradstreet.pdf). Essa ocorrência pode também ser influenciada por fatores como o estado da vitamina D (https://www.science.org/doi/10.1126/science.1123933), inadvertida administração intravascular (https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/1054773815575074), variabilidade da carga viral administrada e reversão para virulência (https://link.springer.com/chapter/10.1007/978-3-0346-0277-8_3).
De acordo com o desencadeamento do autismo regressivo desencadeado pela infecção viral tripla causada pela vacina tríplice viral e a classificação do TEA como uma Síndrome Autoimune (Auto-inflamatória) Induzida por Adjuvante (ASIA), infecções na infância (que têm um efeito adjuvante reconhecido) podem contribuir para um diagnóstico posterior de TEA (https://jneurodevdisorders.biomedcentral.com/articles/10.1186/s11689-022-09422-4).
4.2.5) Inibição da poda sináptica causada pela inflamação cerebral induzida por nanopartículas de alumínio
Como resultado do processo inflamatório crônico provocado pela presença de nanopartículas de alumínio no tecido cerebral, verifica-se o desvio do estado da micróglia da sua função M2 (“fenótipo M2”, “ativação alternativa”, anti-inflamatória, reparadora, responsável pela “poda sináptica” ou “refinamento sináptico”) para a função M1 (“fenótipo M1”, pró-inflamatório, citotóxico e microbicida). Perde-se assim o mecanismo que elimina o excesso de sinapses formadas durante o neurodesenvolvimento (https://www.nature.com/articles/mp2016103; https://www.frontiersin.org/journals/neuroscience/articles/10.3389/fnins.2023.1125428/full), que é de fundamental importância para a função cerebral (https://en.wikipedia.org/wiki/Synaptic_pruning; https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC11467947/#abstract1). O prejuízo da poda sináptica é provavelmente a causa do aumento do perímetro cefálico frequentemente observado no autismo (https://www.frontiersin.org/journals/psychiatry/articles/10.3389/fpsyt.2024.1431693/full).
Obviamente, uma infecção fúngica secundária à presença de nanopartículas adjuvantes de alumínio deve contribuir para a manutenção do fenótipo microglial inflamatório (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27858519/), prejudicando ainda mais o processo de poda synaptica fundamental para o sistema nervoso em desenvolvimento.
Por outro lado, além de inibir a produção de MCP-1 (CCL2) e apresentar efeito antifúngico (ver seção 4.2.3), alguns componentes do própolis (apigenina e luteolina) apresentam efeitos neuroprotetores e inibem a atividade inflamatória da microglia e a produção de interleucinas inflamatórias, como TNF-alfa e IL-6, que estão elevadas em indivíduos com autismo (https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/9781119155195.ch16); https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC9675917; https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29423011/).
4.2.6) O papel do alumínio na determinação da multiplicidade de alterações metabólicas identificadas no autismo
Diversas alterações metabólicas são encontradas no autismo (https://link.springer.com/article/10.1007/s11910-009-0021-x; https://www.nature.com/articles/tp201351; https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC5318388/; https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC11212761/), o que coincide com o fato de que o alumínio interfere com múltiplos processos celulares (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC7071840/; https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1155/2022/1480553; https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/B9780323884624000079).
Para ser eliminado do organismo, o alumínio é ligado à glutationa através da ação da enzima glutationa S-transferase. No enfrentamento da intoxicação por alumínio, os níveis de glutationa são depletados, e atividade da glutationa S-transferase, assim como a de diversas enzimas envolvidas nas defesas antioxidantes, encontra-se reduzida (https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1155/2022/1480553; https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0162013405001947; https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC10581833/). Como seria de se esperar, o mesmo ocorre no autismo (https://goldencaretherapy.com/the-surprising-connection-between-glutathione-and-autism/; https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC3628138/; https://www.frontiersin.org/journals/psychiatry/articles/10.3389/fpsyt.2021.669089/full). Como a enzima glutationa S-transferase é utilizada na eliminação de outros metais pesados (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC9548276/) é concebível que a redução dessa enzima e a depleção da glutationa leve ao acúmulo de outros metais pesados que são encontrados em concentração elevada no autismo (https://link.springer.com/article/10.1007/s12011-025-04588-z). Somando-se aos efeitos já ocasionados pelo próprio acúmulo de alumínio, agravam-se os distúrbios metabólicos. Conforme destacam Fu e Xi em sua revisão de 2019: (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31818169/):
“O acúmulo de metais pesados como chumbo, arsênio, mercúrio, cádmio e níquel destrói o principal processo metabólico do corpo humano. As reações redox em sistemas biológicos são causadas por íons metálicos cancerígenos, como níquel e arsênio. Os radicais livres produzidos por essas reações causam danos oxidativos às proteínas e ao DNA. O acúmulo de metais pesados acaba produzindo espécies reativas de oxigênio que podem causar estresse oxidativo, o que pode levar ao desenvolvimento de diversas doenças.”
“The accumulation of heavy metals such as lead, arsenic, mercury, cadmium and nickel will destroy the main metabolic process of human body.Redox reactions in biological systems are caused by carcinogenic metal ions such as nickel and arsenic. The free radicals produced by these reactions cause oxidative damage to proteins and DNA.The accumulation of heavy metals eventually produces reactive oxygen species that can cause oxidative stress, which may lead to the production of various diseases.”
4.3) Falácia argumentativa sobre a segurança das vacinas
4.3.1) A falácia que sugere que o alumínio injetado e o alumínio ingerido compartilham a mesma farmacodinâmica é enganosa
Inapropriadamente, ao se orientar o público leigo, argumenta-se que a quantidade de sais solúveis de alumínio ingerida a partir de fontes como o alimento e a água supera em muito a quantidade de alumínio injetada como adjuvante das vacinas, e que por isso esta última não poderia causar nenhum dano (https://www.youtube.com/watch?v=8H3sOzma22U&list=PLUv9oht3hC6TTY-k6FbWQDWS-aR-KGRGZ&index=6). Essa argumentação desconsidera frontalmente o fato de que o alumínio ingerido se encontra sob a forma de sais solúveis – tal como o sulfato de alumínio, enquanto o alumínio injetado nas vacinas encontra-se na forma particulada (nanopartículas adjuvantes de alumínio – cujos mecanismos de biopersistência já foram extensivamente discutidos neste editorial).
Em um site de um hospital destinado a “informar” o público, a quantidade de exposição ao alumínio pela via parentérica é comparada com a via oral, como se a absorção fosse equivalente em ambos os casos (https://www.chop.edu/vaccine-education-center/vaccine-safety/vaccine-ingredients/aluminum).
Uma conclusão também favorável à segurança é encontrada em um artigo de revisão publicado em um periódico de prestígio, onde diversas complicações associadas à vacinação são sugeridas como raras ou muito raras, sem menção a nenhum estudo clínico de segurança controlado por placebo (https://www.thelancet.com/journals/laninf/article/PIIS1473-3099(20)30130-4/abstract). Desinformação semelhante é propagada até mesmo em outras publicações científicas, onde a quantidade de alumínio nas vacinas é especulativamente rotulada como “insignificante” (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/37108392/).
No entanto, essas duas formas de alumínio têm destinos completamente diferentes. Por um lado, 99,7% do alumínio ingerido sob a forma solúvel é eliminado nas fezes e a quantidade absorvida pode ser eliminada na urina. Em contraposição, 100% do alumínio injetado sob a forma de nanopartículas pela via intramuscular é instantaneamente absorvido e apenas 6% é rapidamente eliminada. O restante pode ficar retido dentro dos macrófagos, que podem transportá-lo para órgãos distantes do local da inoculação, incluindo o cérebro, atravessando a barreira hematoencefálica pelo mecanismo do cavalo de Troia (https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0162013417303380?via%3Dihub; https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23557144/; https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1568997219301090; https://link.springer.com/chapter/10.1007/978-981-99-1592-7_4).
4.3.2) O flagrante erro contido na extrapolação de resultados experimentais obtidos em um número limitado de animais adultos para o cérebro humano em desenvolvimento (com barreira hemato-encefálica imatura)
Um único estudo experimental (Flarend et al. 1997 – https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0264410X97000418) tem sido mencionado para fundamentar a segurança do uso de nanopartículas de alumínio semelhantes às usadas como adjuvantes em vacinas. Nesse estudo foram utilizados apenas quatro coelhos adultos (dois para partículas de hidróxido e dois para partículas de fosfato de alumínio) e o resultado foi registrado após o ponto final apenas 28 dias de observação. As falhas desse estudo foram meticulosamente analisadas por Masson et al sua publicação de 2018 (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29307441/). O experimento de Flarend et al. foi caracterizado por limitações aberrantes, entre as quais merecem ser citadas: (A) utilização de animais adultos e não animais em desenvolvimento, com imaturidade da barreira hemato-encefálica – que é a situação própria do período da vida humana em que a maior carga de vacinas é administrada; (B) utilização de um número estatisticamente insignificante de animais – 2 animais para cada uma dos 2 tipos de partículas testadas, sendo que o tecido cerebral de um dos animais foi destruído (justamente o animal que apresentava maior concentração circulante de alumínio); (C) a utilização de um método de produção de partículas de alumínio diversa da utilizada na produção de nanopartículas adjuvantes comercializadas – o que pode levar a uma farmacocinética (distribuição e eliminação) completamente diversa.
Mesmo desconsiderando essa inadequação, ao final do tempo de observação, a depuração urinária de alumínio foi de 6% para o hidróxido de alumínio e 22% para o fosfato de alumínio. Ambos os resultados são inconsistentes com a conclusão de rápida depuração do alumínio derivado da vacina na urina, o que corroboraria um suposto “excelente histórico de segurança” (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29307441/). O experimento de Flarend et al. ignorou a captação das nanopartículas adjuvantes de alumínio pelas células do sistema imunológico que as transportam através de barreiras orgânicas tal como a barreira hemato-encefálica, através do mecanismo do “cavalo de Troia”.
As conclusões de Flarend et al. (https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0264410X97000418) são contrariadas pelo estudo de Khan et al. que avaliou a biopersistência das partículas adjuvantes comerciais no tecido cerebral quando injetadas via intramuscular mesmo já após a maturação da barreira hemato-encefálica até um ponto próximo da expectativa de vida de camundongos (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23557144/). Os camundongos atingem a maturidade sexual com 6 semanas de idade e têm uma expectativa de vida média de 12 a 18 meses (https://www.orkin.com/pests/rodents/mouse-control/how-long-do-mice-live); com 8 semanas de vida pós-natal, a barreira hemato-encefálica já se encontra matura (https://anatomypubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/ar.b.20087). Khan et al. (2013) administraram um volume de vacina contra hepatite B contendo nanopartículas de alumínio por via intramuscular em camundongos (com idades entre 8 e 62 semanas, e pesos corporais variando de 27 a 42 gramas) em uma dose proporcional àquela recebida por indivíduos humanos (com peso corporal presumido de 60 kg) que posteriormente desenvolveram miofascite macrofágica pós-vacinal. O alumínio particulado que se translocou do local da injeção para os linfonodos de drenagem regionais acumulou-se linearmente no cérebro por até seis meses e permaneceu detectável no baço e no cérebro um ano após a injeção (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23557144/). Em seu estudo, Khan et al. discutiram a síndrome autoimune (inflamatória) induzida por adjuvante (ASIA) e o efeito cumulativo de imunizações repetidas contendo nanopartículas de alumínio, particularmente em crianças:
“Entretanto, doses continuamente crescentes desse adjuvante pouco biodegradável na população podem se tornar insidiosamente inseguras, especialmente no caso de superimunização ou barreira hematoencefálica imatura/alterada ou alta produção constitutiva de CCL-2.”
Conforme Tomljenovic e Shaw alertaram em 2012 (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/22235057/) (ênfase em negrito adicionada):
“…bebês e crianças não devem ser vistos como “pequenos adultos” em relação ao risco toxicológico, pois sua fisiologia única os torna muito mais vulneráveis a agressões tóxicas”
Aqueles que tem utilizado o estudo de Flarend et al. ou minimizado os dados sobre os efeitos adversos da vacina para apoiar suas alegações sobre o “excelente perfil de segurança” da vacina (https://www.thelancet.com/journals/laninf/article/PIIS1473-3099(20)30130-4/abstract) não apenas ignoram a necessidade de períodos de observação mais longos, mas também deixam de levar em conta o fato de que bebês e crianças pequenas recebem múltiplas vacinas simultaneamente e cumulativamente (https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0162013417303380?via%3Dihub). O efeito adjuvante das nanopartículas de alumínio sobre proteínas liberadas por células neurais danificadas (autoantígenos neurais) no desencadeamento de processos autoimunes direcionados ao tecido nervoso, conforme documentado no segundo editorial desta série (https://wp.me/pbW3AH-1CD), nem sequer é imaginado. Além disso, não se leva em consideração que cada novo episódio de múltiplas vacinações (cada uma contendo sua própria quantidade de alumínio particulado) deve exacerbar o processo inflamatório no tecido nervoso, levar a danos neurais adicionais, aumentar a atividade adjuvante das nanopartículas de alumínio sobre os autoantígenos neurais e promover a colonização fúngica com seu próprio efeito adjuvante adicional ou sinérgico, agravando progressivamente as características fisiopatológicas típicas do grupo ASIA no cérebro autista.
4.4) Um autista já nasce autista? O papel das vacinações antes da concepção e no período pré-natal
Veicula-se frequentemente a ideia de que vacinas não podem provocar autismo, argumentando-se que “um autista já nasce autista” (https://www.niehs.nih.gov/health/topics/conditions/autism).
No entanto, as gestantes têm sido progressivamente mais expostas a vacinações contendo nanopartículas adjuvantes de alumínio tanto antes da concepção (é recomendada a vacinação anual contra a gripe: https://www.cdc.gov/flu/highrisk/pregnant.htm?web=1&wdLOR=cAACE9478-15B3-314C-94A3-8C5BDCDA42E3) como durante o período pré-natal (é recomendada a vacinação contra a gripe no último trimestre da gestação: https://www.cdc.gov/flu/highrisk/pregnant.htm?web=1&wdLOR=cAACE9478-15B3-314C-94A3-8C5BDCDA42E3. A vacina contra o tétano difteria e coqueluche (Tdap) é recomendada entre a 27ª e a 36ª semana de cada gravidez: https://www.cdc.gov/pertussis/vaccines/tdap-vaccination-during-pregnancy.html. A vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR) é recomendada entre a 32ª e a 36ª semana de cada gravidez: https://www.cdc.gov/rsv/hcp/vaccine-clinical-guidance/pregnant-people.html). Portanto somam-se quatro vacinas contendo nanopartículas adjuvantes de alumínio (https://www.cdc.gov/vaccine-safety/about/adjuvants.html) que podem ser administradas em conjunto ou sequencialmente durante a gestação.
Um experimento em ratas gestantes demonstra o quanto esse aconselhamento pode trazer consequências irreparáveis. Yumoto et al. (2009) demonstraram que o isótopo de alumínio (injetado por via subcutânea uma única vez sob a forma de um sal solúvel – cloreto de alumínio) atravessou a barreira placentária e se localizou no cérebro fetal onde permaneceu detectado em quantidade pouco alterada até o término do experimento que ocorreu dois anos após o nascimento do animal (https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0168583X09012142). Considerando que a expectativa de vida média do rato é de 2 a 3 anos (https://www.easthamvet.com/site/blog/2023/12/15/owning-pet-rat), entende-se que deve permanecer no cérebro do animal indefinidamente. É importante assinalar que esses resultados foram observados com uma administração única de um sal solúvel de alumínio (https://www.sciencedirect.com/topics/biochemistry-genetics-and-molecular-biology/blood-placenta-barrier), e não na forma mais biopersistente do alumínio (as nanopartículas adjuvantes). As nanopartículas têm uma maior probabilidade de atravessar a placenta na fase mais adiantada da gravidez (https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0142961218303272) que coincide com o período em que se aconselha a administração de quatro vacinas contendo nanopartículas adjuvantes de alumínio.
4.4.1) O papel do alumínio no aumento da circunferência cefálica pré-natal associada ao autismo
Um aumento do perímetro cefálico pode ser detectado a partir da 22ª semana de idade gestacional em alguns indivíduos que posteriormente vêm a desenvolver características autistas (https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1002/aur.2036), apesar de que esse achado não seja confirmado de forma consistente (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC5947578/). A maior frequência de um aumento do perímetro encefálico sem alterações neuropatológicas evidentes em crianças com autismo tem sido amplamente reconhecido (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/10638459/; https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC4899843/) e atribuído à inibição da poda sináptica (https://www.frontiersin.org/journals/psychiatry/articles/10.3389/fpsyt.2024.1431693/full). Evidentemente, é provável que a inibição da poda sináptica secundária à consequente ativação da micróglia para o estado M1 pelo alumínio particulado no cérebro fetal que atravessa a barreira placentária seja responsável por esse fenômeno.
4.4.2) O papel genotóxico do alumínio nas alterações genéticas associadas ao autismo
A presença de alterações genéticas relevantes para o TEA tem sido usada como argumento para negar o papel das vacinas na origem do TEA. Cerca de 10% dos pacientes com TEA apresentam variantes adquiridas (“de novo”) de nucleotídeo único que afetam genes clinicamente relevantes para o TEA (https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/B9780128001097000029). De acordo com Hua et al. (2015) (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26335739/):
“Alterações genéticas/herdabilidade são um dos principais fatores contribuintes, e centenas a milhares de genes causadores e suscetíveis, variantes do número de cópias (CNVs), regiões de ligação e microRNAs foram associados ao TEA, o que indica claramente que o TEA é um distúrbio genético complexo.”
No entanto, a exposição ao alumínio é capaz de provocar, além de infertilidade, alterações genéticas que afetam o aparelho reprodutor (https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S002432052400050X; https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0014480020307620), sendo portanto possível que tais polimorfismos genéticos afetem os gametas e sejam incorporados à genética do embrião. Por outro lado, a exposição ao alumínio tanto durante a gestação como no período pós-natal é capaz de provocar alterações da expressão gênica e diversos tipos de mutações genéticas, seja através de um efeito direto ou através da formação de radicais livres (estresse oxidativo) que lesam o DNA (https://mrforum.com/product/9781644903339-9/?srsltid=AfmBOopv5wuaqn-FZlubbXw4m1aXwi-fShd3owFNGyeNc6CPz4quHLUv; https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0269749118353697; https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34502420/; https://pubs.acs.org/doi/10.1021/acschemneuro.4c00429; https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/16139969/; https://www.mdpi.com/1422-0067/21/23/9332), https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32206026/), além de reduzirem a atividade dos mecanismos de reparação dos genes danificados (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC8767391/; https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/16139969/; https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/6422319/). Portanto, as alterações genéticas (adquiridas) que afetam os gametas antes da concepção, o feto durante a gestação ou o indivíduo após o nascimento são concebivelmente influenciadas pela exposição às nanopartículas adjuvantes de alumínio presentes em vacinas administradas.
4.4.3) O papel do alumínio na produção materna de autoanticorpos direcionados contra o tecido nervoso no autismo
A barreira placentária regula a troca de substâncias entre a mãe e o feto, protegendo o feto de substâncias nocivas e garantindo o fornecimento adequado de nutrientes e oxigênio; alterações de sua função determinam suscetibilidade a doenças crônicas na idade adulta (https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/B9780128013830000220). Por sua vez, o alumínio pode se depositar na placenta, alterar sua estrutura e função e alcançar os tecidos fetais, sendo detectado no cordão umbilical (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/21072353/; https://dergipark.org.tr/en/pub/vetjku/issue/78631/1294726). Zhang et al. (2018) demonstraram que a exposição camundongos fêmeas a nanopartículas adjuvantes de alumínio durante a gestação provoca efeitos tóxicos sobre o neurodesenvolvimento da prole (https://www.frontiersin.org/journals/pharmacology/articles/10.3389/fphar.2018.00253/full).
Células do sistema imunológico materno normalmente atravessam a placenta cumprindo sua função de vigilância imunológica (https://www.nature.com/articles/s41467-021-24719-z). Assim, tal como tem sido demonstrado no caso do transporte do vírus Zika através da placenta pelo “mecanismo do cavalo de Troia” (https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2021.09.14.460378v1.abstract), também as nanopartículas de alumínio podem concebivelmente atingir o cérebro fetal transportadas no interior de leucócitos. Ao adsorverem autoantígenos neurais fetais, as nanopartículas de alumínio provenientes das vacinações repetidas na gestação podem, concebivelmente, induzir as células imunes maternas a produzirem autoanticorpos direcionados contra o tecido nervoso fetal.
Por outro lado, uma placenta permeável pode permitir a passagem de autoanticorpos e provocar manifestações autoimunes no feto (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28627279/). Assim, a presença de autoanticorpos neurais tanto na circulação de crianças autistas como na circulação de suas mães (https://www.mdpi.com/2076-328X/9/5/47) pode ser explicada através desse mecanismo.
Em resumo, manifestações autoimunes direcionadas contra o sistema nervoso do autista podem ter início na vida pré-natal em decorrência de vacinações adjuvantadas com nanopartículas de alumínio nos períodos pré-concepção e gestacional. Esse fenômeno também apoia o reconhecimento do autismo como uma Síndrome Autoimune (Auto-inflamatória) Induzida por Adjuvantes (ASIA).
4.5) Por que nem todas as crianças vacinadas desenvolvem autismo?
Entre os critérios de causalidade de Bradford-Hill encontra-se o critério da especificidade. Em outras palavras, se um determinado fator estiver associado à ocorrência de uma doença específica, torna-se mais provável a causalidade da associação.
Com exceção do critério da especificidade, os demais critérios de causalidade de Bradford-Hill encontram-se satisfeitos conforme a análise minuciosa feita em 2011 por Shaw e Tomljenovic em relação à natureza da associação entre o uso de alumínio como adjuvante nas vacinas administradas na infância e o autismo (https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0162013411002212). Essa exceção, no entanto, não invalida a aplicação dos critérios de causalidade para essa associação, pois o próprio Bradford-Hill assinalou em sua publicação original de 1965 que o critério da especificidade não deve ser considerado indispensável para a definição da relação causal entre um fator e uma doença pois um mesmo fator pode provocar mais de uma doença (https://onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1111/add.16329):
“Se existir especificidade, podemos tirar conclusões sem hesitação; se não for aparente, não devemos ficar necessariamente em cima do muro” (p. 297)
Evidentemente, nem todos os fumantes pesados desenvolvem câncer de pulmão (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33173057/). Alguns podem desenvolver outras doenças (https://www.lung.org/research/sotc/by-the-numbers/10-worst-diseases-smoking-causes), como enfisema (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/17450149/), doença arterial coronariana (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC11414331/) ou acidente vascular cerebral (AVC) (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/38516107/). Interações entre influências ambientais e predisposições genéticas podem resultar em expressões únicas de doenças entre indivíduos (https://link.springer.com/chapter/10.1007/978-81-322-2035-0_6).
De forma similar, a exposição do alumínio como adjuvante das vacinas está associada não somente a autismo, mas também a alergias, asma e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) (https://www.preprints.org/manuscript/202402.1613). Aliás, corroborando a possibilidade de que a exposição ao alumínio possa ser uma causa comum de diversos distúrbios do neurodesenvolvimento, níveis séricos mais elevados de alumínio são encontrados em crianças portadoras de TDAH em comparação com controles. Em relação ao QI, verifica-se uma correlação inversa entre o alumínio sérico e o escore de QI total, QI verbal e QI de desempenho (https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/emr-201219). Em linha com esses achados, o TEA e o TDAH revelam-se como comorbidades, cujas prevalências vêm crescendo paralelamente (https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1586/14737175.2016.1146591).
4.6) A concentração de alumínio no sangue não reflete sua real concentração nos tecidos
É importante ressaltar que a concentração de alumínio encontrada no plasma não reflete aquela presente nos tecidos, pois a concentração nestes últimos pode ser 100 a 300 vezes superior à do plasma (https://ehp.niehs.nih.gov/doi/abs/10.1289/ehp.8665363). A concentração na urina (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/37197586/) e especialmente no cabelo são mais confiáveis (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32990432/).
4.7) Mecanismos tóxicos acionados pelo alumínio
Os mecanismos relacionados aos efeitos tóxicos do alumínio sobre o organismo de mamíferos (incluindo o sistema nervoso, o sistema imunológico, o sistema esquelético, os pulmões, a saúde mamária e o sistema reprodutivo) encontram-se amplamente documentados e incluem dishomeostase do ferro, prejuízo das funções do cálcio e do magnésio, estresse oxidativo, depleção de glutationa reduzida, alterações imunológicas, ligação ao DNA e genotoxicidade, desnaturação ou transformação de peptídeos, disfunção enzimática, desordem metabólica, comprometimento da função e da integridade mitocondrial, ruptura da integridade da membrana plasmática, dano lisossomal, ruptura da barreira hematoencefálica, peroxidação lipídica, neurotoxicidade, comprometimento da plasticidade sináptica, degeneração neurofibrilar, inflamação, neuroinflamação, ativação da micróglia, ativação do inflamassoma NLRP3 e piroptose, alteração da neurotransmissão, inibição da diferenciação das células progenitoras neurais (NPC) e comprometimento da neurogênese, amiloidogênese, apoptose, necrose e displasia (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC7071840/#cit0076; https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S088723332100182X?via%3Dihub; https://academic.oup.com/mutage/article-abstract/24/3/245/1074030; https://dergipark.org.tr/en/download/article-file/3132394; https://link.springer.com/chapter/10.1007/978-981-99-1592-7_1); https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/37634479/; https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0045653520308353); https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC5596046/0; https://link.springer.com/chapter/10.1007/978-981-13-1370-7_9); https://link.springer.com/chapter/10.1007/978-94-009-1868-9_8; https://onlinelibrary.wiley.com/doi/pdf/10.1155/2022/1480553).
4.8) Doenças associadas ao alumínio
O alumínio, que é biopersistente quando injetado sob a forma de nanoparículas adjuvantes (https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0162013415300313?via%3Dihub; https://link.springer.com/article/10.1186/1741-7015-11-99; https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/11522584/)
presentes na composição das vacinas a que indivíduos previamente saudáveis são obrigados aceitar sob penalidades diversas, tem sido apontado como cofator ou fator desencadeante e/ou sustentador de uma variedade de distúrbios de saúde, incluindo alterações hematológicas (anisocitose, poiquilocitose, formação de leptócitos, formação de acantócitos, formação de equinócitos, formação de estomatócitos, formação de “células em alvo”, anemia hipocrômica), linfoma, cardiotoxicidade, miocardite, hipocinesia da parede miocárdica e trombo no ventrículo esquerdo, hipertensão, doença arterial coronariana, dislipidemia, síndrome da dor regional complexa (SDRC), síndrome de taquicardia postural ortostática (STPO), síndrome da fadiga crônica, bronquite crônica, asma, doença pulmonar obstrutiva cônica, pneumonia intersticial descamativa, proteinose alveolar pulmonar, granulomatose e fibrose, trombose e acidente vascular cerebral isquêmico, enterite granulomatosa, doença inflamatória intestinal, anemia, dificuldades de memória e aprendizado, demência e doença de Alzheimer, esclerose lateral amiotrófica, doença de Parkinson, esclerose múltipla, disfunção cerebelar, tremores, isquemia cerebral, apraxia/dispraxia da fala, asterixis, mioclonias, convulsões generalizadas, autismo, comportamento agressivo e violento, ansiedade, depressão, irritabilidade, humor lábil, paranoia, confusão, agitação, dificuldade de concentração, TDAH, psicose, alucinações visuais, cefaleia, insônia, comportamento repetitivo, miofascite macrofágica, osteomalácia, osteoporose, fraturas que não solidificam, artropatia erosiva com cistos, espondiloartropatia, calcificação de tecidos moles, amiloidose, condrocalcinose, oligospermia e infertilidade, hipotireoidismo, defeitos do tubo neural, dano cerebral fetal, prejuízo do neurodesenvolvimento, doença hepatorrenal, cisto e câncer de mama, pancreatite, necrose pancreática, diabetes mellitus, obesidade, esteatose hepática, redução da filtração glomerular, síndrome nefrótica, glomerulonefrite aguda, níveis séricos elevados de ácido úrico, dermatite, coma, morte (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC7071840/; https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1568997219301090?via%3Dihub; https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0162013417303380; https://link.springer.com/chapter/10.1007/978-94-009-1868-9_8; https://www.ncbi.nlm.nih.gov/sites/books/NBK609094/; https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1382668912001573; https://www.liebertpub.com/doi/abs/10.1097/DER.0000000000000836; https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0006497118675937; https://www.jpeds.com/article/S0022-3476(84)80318-2/abstract); https://deepblue.lib.umich.edu/bitstream/handle/2027.42/47831/467_2004_Article_BF00869743.pdf;sequence=1; https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34217934/; https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC5596046/; https://link.springer.com/chapter/10.1007/978-981-13-1370-7_4; https://link.springer.com/article/10.1007/s12026-013-8403-1?s=35; https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0162013411002212; https://link.springer.com/article/10.1007/s12403-020-00346-9; https://content.iospress.com/articles/journal-of-alzheimers-disease/jad132204; https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/21568886/; https://www.scirp.org/journal/paperinformation?paperid=84013; https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/emr-201219; https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC7211005/; https://link.springer.com/article/10.1007/s12026-014-8622-0).
5) Conclusões – A Ciência está aí?
Evidencia-se que a propalada ideia de que “o autismo é uma condição provocada por múltiplos fatores atuando em conjunto em combinações diversas” não se sustenta por uma razão primária: tal proposta desconsidera o “Princípio da Parcimônia” que se encontra solidamente fundamentado na essência da probabilidade estatística, e que todos os médicos devem seguir na elaboração de diagnósticos.
De acordo com esse Princípio, conforme evidenciado nesse editorial, a causa raiz da epidemia de autismo é o efeito adjuvante das vacinas determinado pela presença de alumínio nas vacinas e, no caso da vacina tríplice viral, pela inoculação simultânea de 3 vírus vivos em um sistema imunológico imaturo. A identificação das vacinas como causa-raiz da epidemia do autismo explica porque essa epidemia atinge escala global em um mundo em que gerações sucessivas são multivacinadas.
Por outro lado, apesar de haver o reconhecimento explicitado em publicações científicas de que vacinas não são testadas quanto à segurança por serem “entendidas como inerentemente seguras”, para dar suporte à pretensa segurança das vacinas repete-se exaustivamente a expressão:
“A Ciência está aí”
A despeito da falta de testes de segurança, um número cada vez maior de vacinas vem sendo acrescentado ao calendário vacinal da infância ao longo das últimas quatro décadas (https://vactruth.com/history-of-vaccine-schedule/; https://www.marinhealthcare.org/upload/public-meetings/2018-06-19-600-pm-mhd-community-health-seminar-vaccination/BRANCO_06192018_MGH%20Vaccine%20Presentation.pdf; https://parentsforhealthchoice.com/vaccine-dose-history). Além disso, são esperadas vacinas adicionais no futuro: as empresas de pesquisa biofarmacêutica dos Estados Unidos já anunciavam em 2016 uma expansão sem precedentes dos programas de vacinação, com mais de 250 novas vacinas em desenvolvimento (https://phrma.org/blog/new-report-highlights-more-than-250-vaccines-in-development).
O alumínio é o mais comum adjuvante utilizado (https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0264410X22008337) e está presente em diversas vacinas correntemente utilizadas e frequentemente obrigatoriamente aplicadas na população (https://www.cdc.gov/vaccine-safety/about/adjuvants.html): Anthrax, DT, DTaP (Daptacel), DTaP (Infanrix), DTaP-HepB-IPV (Pediarix), DTaP-IPV (Kinrix), DTaP-IPV (Quadracel), DTaP –IPV/Hib (Pentacel), DTaP-IPV-Hib-HepB (VAXELIS), HepA (Havrix), HepA (Vaqta), HepB (Engerix-B), HepB (Recombivax), HepA/HepB (Twinrix), HIB (PedvaxHIB), HPV (Gardasil 9), encefalite japonesa (Ixiaro), MenB (Bexsero, Trumenba), Pneumococcal (Prevnar 13, Prevnar 20, VAXNEUVANCE), Td (Tenivac), Td (Mass Biologics), Td (sem nome comercial), Tdap (Adacel), Tdap (Boostrix), Tick-Borne Encephalitis (TICOVAC).
As complicações decorrentes de vacinações poderiam ser demonstradas através de uma adequada análise dos dados disponíveis no sistema “Vaccine Safety Datalink” (https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0264410X15015054). Em paralelo, denuncia-se que a análise dos dados do “Vaccine Safety Datalink” tenha foi feita e os resultados discutidos em reunião secreta da qual teriam participado funcionários de entidades públicas, inclusive internacionais (https://wp.me/pbW3AH-1JQ).
Em realidade, há necessidade urgente de restrição do calendário vacinal de forma a serem mantidas apenas as vacinas necessárias. Há a necessidade urgente de eliminar-se do calendário vacinal a vacina tríplice viral, evitando-se a inoculação / administração de mais de um vírus vivo em qualquer vacina.
Há necessidade urgente de substituir-se as nanopartículas adjuvantes de alumínio por nanopartículas adjuvantes de fosfato de cálcio. O fosfato de cálcio foi utilizado no passado pelo Pasteur Institute com sucesso ao longo de 20 anos, mas foi substituído por sais de alúmen no final da década de 1980, quando os setores industriais do Instituto Pasteur e do Instituto Merieux se fundiram (https://scindeks-clanci.ceon.rs/data/pdf/0004-1963/2019/0004-19631906420K.pdf). No entanto, o fosfato de cálcio permanece como um adjuvante aprovado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para vacinação humana. A utilização de nanopartículas de fosfato de cálcio tem sido aprimorada, destacando-se suas diversas vantagens em relação ao alumínio particulado (https://journals.asm.org/doi/full/10.1128/cdli.7.6.899-903.2000; https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/14760584.2017.1244484; https://www.frontiersin.org/journals/materials/articles/10.3389/fmats.2021.788373/full; https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/14760584.2017.1355733).
Há a necessidade urgente de ser investigada se a atual epidemia de casos de depressão severa que afeta crianças, depressão severa hábito automutilação e suicídio entre adolescentes e adultos jovens pode estar sendo determinada pela presença de alumínio particulado no cérebro dos indivíduos afetados. Tal fato poderia ser facilmente comprovado ou descartado com através da detoxificação de alumínio através do emprego de um suplemento mineral destituído de efeitos colaterais como o silício, em sua forma mais bem absorvida – o monometilsilanetriol.
Há a necessidade urgente de rever-se as atuais recomendações relativas às doses de suplementação de colecalciferol (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/21337617/) a partir da vida pré-natal, dada a importância desse esteroide para a eficiência e regulação do sistema imunológico (https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.2310/JIM.0b013e31821b8755; https://www.endo.theclinics.com/article/S0889-8529(10)00012-5/abstract; https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1471489210000378; https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1002/mnfr.201000174; https://www.cambridge.org/core/journals/proceedings-of-the-nutrition-society/article/vitamin-d-and-immune-function-an-overview/302152110AEE222430F44164E53FEA90) e para o neurodesenvolvimento (https://academic.oup.com/nutritionreviews/article-abstract/77/5/330/5365312; https://www.nature.com/articles/s41380-019-0357-9; https://www.tandfonline.com/doi/full/10.2147/NDT.S407731#abstract; https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1521690X11000595; https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0891422212000431; https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1084952111000796).
Finalmente, evidencia-se a necessidade da elaboração de um tratamento efetivo para condições como o TEA, que fundamentado no conhecimento de sua fisopatologia (com atenção aos eventos fisiopatológicos aqui expostos), ao invés empregar-se apenas tratamentos como psicoterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e drogas neurolépticas.
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